Troca em café é destaque nas negociações durante a Femagri 2024

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Considerando momento favorável, cooperados da Cooxupé travaram café na feira de negócios promovida pela cooperativa, de 20 a 22 de março, em Guaxupé

23ª edição da Femagri registrou mais de 10 mil orçamentos em três dias (Crédito: André Monteiro)

A 23ª edição da Femagri – Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas terminou nesta sexta-feira, 22 de março, com pré-balanço que supera as expectativas. A operação Barter foi destaque entre as modalidades disponíveis de negociação, isso porque o cafeicultor priorizou travar seu café durante as negociações para aquisição de maquinários e insumos.    

Promovida pela cooperativa cafeeira Cooxupé, a Femagri começou na quarta-feira, 20, em Guaxupé, e registrou em três dias a presença de 34.7 mil visitantes compradores e mais de 10 mil orçamentos.  

Neste ano, a feira trabalhou o tema “Cooperativismo: construindo o futuro sustentável das gerações” e reuniu 120 expositores, que apresentaram inovações para aprimorar os processos de gestão na propriedade.  

A busca por tecnologias e novos conhecimentos dentro das premissas da sustentabilidade e da agenda ESG chamou a atenção dos cooperados e visitantes que vieram de diferentes regiões de Minas Gerais e, também, do estado de São Paulo.  

Femagri recebeu a presença de 34.7 mil visitantes compradores (Crédito: Divulgação)

Além disso, a condição do mercado e as operações utilizando café como moeda de troca favoreceram as negociações no evento. Segundo o superintendente de Desenvolvimento do Cooperado da Cooxupé, José Eduardo Santos Júnior, a movimentação na trava do café, por até cinco anos, superou as expectativas da cooperativa.  

“Os resultados da feira mostram que os cooperados estão entendendo que a tecnologia na lavoura e nas propriedades agrícolas é um caminho sem volta e que a compra em troca de café, traz segurança e não os deixam expostos às variações do mercado”, revelou o superintendente.  

Cooperado de Botelhos/MG, José Maria Anunciação comprou uma máquina de varrição e fez a troca por café motivado pela atual conjuntura de mercado.  

“O preço hoje tem contribuído para a trava e nos tranquiliza para as próximas safras. Se não fosse essa oportunidade, com certeza seria mais difícil fazer qualquer aquisição, principalmente por conta dos contratempos que a gente enfrenta”, diz o produtor.  

De Ibiraci/MG, o cooperado Ronei Gomes Cintra também reconheceu as vantagens da modalidade, por conceder liberdade para o cafeicultor fazer a negociação da maneira que achar mais interessante.  

“Agradecemos a todas famílias cooperadas, nossos colaboradores e fornecedores pelos resultados conquistados em 2024. Recebemos a presença maciça dos nossos produtores que tiveram a possibilidade de fazer suas compras e efetuar o pagamento com o seu café. O resultado foi surpreendente”, declarou o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo.

Fonte: samia@phideias.com.br

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