Mitos e verdades sobre o vegetarianismo e o veganismo

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Conheça melhor as duas dietas e saiba qual delas é a melhor opção para você

Por Larissa Caliari
O número de adeptos ao vegetarianismo e ao veganismo vem aumentando nos últimos anos. A nutricionista Bianca Valim trabalha na área a dez anos e notou um crescimento na procura por esses dois tipos de dietas nos últimos dois anos. Ela conta que é procurada por um público bem amplo, que inclui pais com bebês, gestantes, famílias, e até mesmo crianças e adolescentes que decidem iniciar uma das duas dietas, mas que pertencem a famílias que comem carne.

Existe um conjunto de motivos que pode levar uma pessoa a se tornar vegetariana ou vegana. Os principais são: o aumento da consciência ambiental a partir do conhecimento de que o consumo mundial de carne atual é insustentável; a sensibilização pelas causas animais e pelo sofrimento causado a eles; e a preocupação com uma alimentação saudável.

Tanto as dietas vegetarianas quanto as veganas, apresentam uma série de vantagens para os seus adeptos. Por exemplo, cortar o consumo da carne consequentemente reduz o consumo de gordura saturada, radicais livres (que são responsáveis pelo envelhecimento) e compostos químicos (como antibióticos e hormônios presentes nas carnes), além de diminuir os níveis de colesterol. As duas dietas também auxiliam na manutenção da alcalinidade do sangue, já que os alimentos de origem animal aumentam a acidez do sangue e, por isso, abre portas para algumas doenças. Por causa de todos esses benefícios, os vegetarianos e veganos costumam sentir mais vitalidade, disposição e energia. Os pacientes também costumar observar e relatar à nutricionista, que o intestino funciona melhor e a pele fica mais bonita.

Apesar das inúmeras vantagens, esse estilo de vida também pode trazer algumas desvantagens, principalmente para aqueles que não procuram um acompanhamento profissional e não mantêm uma dieta equilibrada. A primeira delas, é o aumento da fome, já que a carne é responsável por causar a sensação de saciedade. A retirada da carne também aumenta a tendência de faltar nutrientes na dieta, isso acontece quando não existe a preocupação de combinar e consumir outros alimentos para fazer a substituição e construir uma dieta equilibrada e nutritiva. É importante também, acompanhar os níveis de ferro, já que o ferro da carne é de alta absorção, enquanto o ferro vegetal precisa ser combinado com a vitamina C para ser absorvido. Nas dietas veganas, ainda existe a necessidade de suplementação da vitamina B12, que é o único nutriente que somente é encontrado em alimentos de origem animal. No veganismo, também é importante se atentar para o consumo de gorduras, que geralmente diminui com a retirada da carne, então surge a necessidade da complementação, que pode ser feita com castanhas, sementes e oleaginosas.

Também é necessário um cuidado maior para aqueles que costumam comer fora de casa. Não é uma tarefa fácil encontrar nos restaurantes, lanchonetes e supermercados, uma refeição vegetariana ou vegana nutritiva. A carne é um alimento prático e pode ser encontrado facilmente em qualquer estabelecimento. Porém, os alimentos vegetarianos e veganos não são encontrados com tanta facilidade e, quando existem, estão concentrados no grupo dos carboidratos.

Apesar da expansão do mercado para esse tipo de consumidor, é necessário se preocupar em observar a qualidade dos alimentos.

Atualmente são vendidos muitos produtos enlatados e embutidos, como salsichas, hambúrgueres e linguiças vegetarianas e veganas. Além disso, existem as carnes feitas de proteína de soja, que utilizam a soja transgênica. Porém, Bianca ressalta que nem tudo que está no mercado faz bem, e é preciso sempre buscar alimentos saudáveis para manter uma dieta equilibrada.

O mais importante para se tornar vegetariano ou vegano, é ter consciência alimentar e a preocupação de encontrar uma dieta saudável e adequada para você. A nutricionista confirma que é possível para qualquer pessoa aderir qualquer uma das duas dietas. “Gestantes, lactantes, bebês, atletas, crianças, qualquer um pode ser vegetariano desde que com acompanhamento e com uma dieta equilibrada”.

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