Correios não é uma estatal gastadora

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Correios não é uma estatal gastadora

Entre todas as estatais, os Correios possuem a segunda menor média salarial. A informação está em um recente relatório do Ministério da Economia, divulgado no dia 21/01, indicando valor mensal médio de remunerações em torno de R$ 4.266,00 na estatal. Existem outras empresas sob o controle do governo cuja média salarial chega a cerca de R$ 34 mil. Atualmente os Correios contam com 98.101 colaboradores.

As empresas públicas que possuem as maiores médias salariais são:
• Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) – R$ 34 mil;
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – R$ 31 mil;
• Petrobras, R$ 25 mil.

Em um período recente, os Correios passaram por revezes que prejudicaram o caixa da empresa, mas voltaram a apresentar lucro. Na verdade, nos últimos 21 anos, foram quatro anos de prejuízo e 17 apresentando lucro. A empresa pública não depende do dinheiro do governo para se manter. Pelo contrário: envia dividendos para o Executivo Federal anualmente, como a lei prevê para as estatais lucrativas.

Os quatro anos recentes de caixa no vermelho (2013 a 2016), foram provocados pelos seguintes fatores:
• retirada acima do previsto de dividendos da empresa, entre 2007 e 2013. Nesta época, o estatuto dos Correios já limitava o pagamento obrigatório de dividendos a 25% do lucro líquido apurado no exercício. A União recolheu R$ 6 bilhões em dividendos, descapitalizando a estatal, o que afetou a capacidade de investimentos.

• Entre 2012 e 2014, houve o congelamento pelo governo das tarifas cobradas pelos Correios, resultando na perda de R$ 1,2 bilhão de receitas.

• Já em 2013, houve mudança nos métodos contábeis dos Correios, prevendo provisionamento para a cobertura de benefícios de aposentados, ligados a serviços de saúde e previdência complementar.

Vale ressaltar que mesmo com os anos de prejuízos, desde 2017 os Correios voltaram a apresentar resultados financeiros positivos. Em 2020, o lucro foi de R$ 1,53 bi. Em relação ao ano passado, a previsão é de chegar a uma nova marca histórica. O vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Marcos César, assegura: “ainda que o governo tente deprimir ao máximo o lucro dos Correios, serão pelo menos R$ 3 bilhões, e isso já foi anunciado pelo presidente da República”.

Fonte: ADCAP – Associação dos Profissionais dos Correios
Foto: G1 – Globo

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