Colunistas | Camilla Barato de Melo | O dia do Perdão

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Camilla Barato de Melo

 

Itirapuã:- Perdoar é divino. E belo.

Sim. Acredito verdadeiramente nisso.

Outro dia acordo com uma mensagem que aquele era o Dia do Perdão.

Coloquei-me a pensar no lindo e sacrificante perdoar…

O perdão vai além do desculpar, do esquecer… Perdoar é uma libertação para poucos, uma cura interior que transcende o corpo e alivia o espirito. Porém, é preciso estar acima da terra, mas abaixo do céu. É preciso ter o coração espaçoso, o pensamento livre, a mente em paz. Seres pesados, duros, nublados, nunca perdoam. Tem gente que não se permite abandonar a carga. Deixar de ser cinza.

Às vezes precisamos perdoar…

Perdoar o mal, o bandido, o covarde…

Perdoar o vizinho que ouve funk… Que desperdiça água.
Perdoar para libertar-se da indignação que te atormenta.
Às vezes, é preciso perdoar o amigo que torce pelo time adversário, para o partido contrário, para o deus “errado”.

Perdoar a igreja que me cobra e não faz. Perdoar o filho que me contesta, o pai que condena, a mãe que parece não me amar… Perdoar o passado que não me deu futuro. Perdoar o patrão que não me valorizou, a esposa que não me amou como devia, o marido que não ficou…

Perdoar a natureza que não me deu o corpo com o qual eu sonho, os olhos que eu admiro, o cabelo que eu idealizo…

Perdoar a vida que não me abriu as portas com as quais sonhei, os caminhos que desejei…

Mas, o perdão mais sério é aquele em que eu perdoo a mim mesmo. Perdoar a minha covardia diante da vida, a minha falta de amor pelos meus pais, filhos, amigos, parceiros… Perdoar a minha soberba para com Deus. Perdoar minha intolerância com o outro, minha insatisfação com a natureza…

Perdoar minha preguiça em deixar de ser cinza… Porque brilhar…
Ah! Emanar a luz que a beleza traz, dá mesmo muito trabalho.

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