Presidente também descartou conversas para que o ex-deputado integrasse sua equipe de campanha à reeleição
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou não ter ligação com o ex-deputado Roberto Jefferson, preso na noite deste domingo (23) por descumprir medidas cautelares em prisão domiciliar e por tentativa dupla de homicídio contra policiais federais.
“Aqueles que teimam em dizer que Roberto Jefferson é meu aliado, lembre-se que em setembro agora ele entrou com uma notícia-crime contra a minha pessoa no Superior Tribunal Militar. Não existe qualquer ligação minha com Roberto Jefferson. Nunca se cogitou ele trabalhar na minha campanha. Quem age dessa maneira está mentindo”, disse o presidente.
A declaração foi feita na chegada para entrevista à Record TV. Bolsonaro foi sabatinado depois de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não aceitar participar do debate. Os dois irão disputar o segundo turno presidencial em 30 de outubro.
Mais cedo, Bolsonaro chamou Jefferson de “criminoso” e de “bandido”. A uma semana do segundo turno eleitoral, o presidente se esforça para desvincular sua imagem do ex-presidente do PTB após o ataque deste domingo. Bolsonaro chegou a declarar: “Não tem uma foto dele comigo”, ignorando registros em redes sociais.
Após Jefferson ser impedido de disputar a eleição presidencial, ele foi substituído pelo candidato Padre Kelmon (PTB), que se aproximou e chegou a receber elogios de Bolsonaro. “Um padre que caiu do céu”, se referiu Bolsonaro a Kelmon em comício em Guarulhos (SP) no sábado (22).
Bolsonaro também repudiou os ataques de Jefferson à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na sexta-feira (21), ele publicou um vídeo em redes sociais com xingamentos à magistrada e a comparando com uma “prostituta” e “arrombada” e a chamando de “bruxa de Blair”. “Não se justifica se referir a uma mulher da forma como ele se referiu. É injustificável isso daí”, afirmou o presidente.
Extraído do Jornal O TEMPO
