Valorização da Vida É isso que o CVV faz

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Entrevistamos na sede do CVV em Franca o Ildebrando Moraes, que é integrante totalmente ativo neste trabalho que conforta quem precisa falar e, as vezes, ouvir uma palavra de alento. Também para falarmos do triste quadro crescente do número de suicídios que atinge crianças, jovens e idosos. “O CVV existe no Brasil todo. São mais de 100 cidades onde está instalado e conta, no geral, com mais de 2.500 voluntários. É uma entidade grande, que oferece a oportunidade das pessoas poderem desabafar e falarem um pouquinho de seus problemas. Entendemos que quando se fala dos problemas, alivia um pouco a pressão do dia a dia, essa angústia, coisas que sentimos e não sabemos como lidar. O desabafar, o simples fato de falar disto é uma das opções e que alivia um pouco e evita que chegue aquele fato do suicídio e outro problema”, relatou Moraes, que registra o funcionamento do CVV 24 horas por dia, onde tem sempre um voluntário preparado para atender, de forma sigilosa, com todo o respeito que a pessoa merece. “Você encontra ali, um amigo temporário, que não vai te julgar, não vai querer te orientar, não vai dar dicas, apenas ouvir todo o sentimento que ele traz”, completou. Para ser voluntário não tem muito segredo, apenas ter 18 anos acima, pela responsabilidade e ter a vontade de ajudar o próximo. Toda a bagagem necessária é proporcionada pelo próprio CVV, que é o PSV (Programa de Seleção de Voluntários), que após algumas horas teóricas, passa-se para um treinamento que chamamos de estágio que se distribui em umas 10 seções, que em aproximadamente 03 meses dá formação para o voluntário. Todo o conhecimento necessário é adquirido no próprio CVV. “Lidamos com pessoas fragilidadas emocionalmente, quem nos procura está realmente precisando de ajuda. Quem atende tem que estar bem preparado e, constantemente se reciclar. Todos os meses temos uma reunião para realizar outro treinamento. Estamos sempre trabalhando esta questão para que não se perca a qualidade deste trabalho”, acrescentou Moraes. Tem também o trabalho com as famílias, GASS (Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio), é o grupo que atende não só quem tentou suicídio, mas todos os familiares e amigos envolvidos que têm alguém nesta situação e não sabem como lidar. “Temos um acompanhamento profissional, um grupo fechado. Quem quiser participar do grupo manda mensagem no e-mail do CVV, que retornamos, fazemos uma entrevista com a pessoa e avaliamos se há necessidade de trazer para o grupo. Caso sim, eles participam e acabam por trocar experiências com os outros. Esta troca é muito importante, ajuda mesmo neste momento”, encerrou.

Terceiro Setor – O que vocês precisam para manter esta Instituição?
Moraes –
Precisamos, como toda Entidade, de dinheiro (risos). Precisamos dos voluntários, pessoas que estejam com vontade de trabalhar. Agora, existe a mantenedora que é a pessoa que cuida de toda essa parte jurídica e burocrática do CVV. Temos contas a pagar também. Infelizmente a prefeitura não conseguiu passar a verba que a gente teria, e estamos tocando com a nossa verba própria, fazendo rifas, outros eventos para arrecadar e pagar as nossas contas. Dependemos de um PABX nacional que tem toda uma estrutura, infraestrutura por trás que precisa ser paga para a empresa que presta o serviço. Toda forma de ajuda é bem vinda, seja ela com prestação de serviços ou mesmo em doações. Para fazer qualquer tipo de doação, nosso primeiro contato sempre é pelo site. www.franca@cvv.org.br Deixe seu contato lá que retornaremos.

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