Uma cortina do Cine Rio Branco, verdadeira relíquia foi doada por uma munícipe e fará parte do acervo da Casa Da Memória

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Guaranésia:- A Casa da Memória de Guaranésia, localizada no antigo prédio da Estação Ferroviária, recebeu do vereador Felipe Nardi Laudade uma verdadeira relíquia neste mês de outubro. Trata-se de um “pano de boca” do antigo Cine Rio Branco. Este tecido foi generosamente doado ao vereador pela Senhora Christina Maria Costa Ribeiro do Valle, esposa do médico e ex-prefeito Dr. Marcelo Polli Ribeiro do Vale, que incumbiu Felipe de preservar a cortina, sua história e, consequentemente, reavivar a memória dos frequentadores do extinto cinema, onde todos entendem a importância de preservar o material.
Segundo relatos, o tecido que era uma espécie de cortina que continha anúncios das casas comerciais da cidade, seria da década de 40. O professor Ivan David ao realizar pesquisa na Hemeroteca Digital da Imprensa Guaranesiana, constatou que muitos dos comércios que patrocinaram o tecido, surgiram nesta época. Esta foi provavelmente a segunda cortina que o Cine Rio Branco teve, pois na década de 20, a primeira cortina foi pintada pelos irmãos Carlos e Américo Masotti. Os irmãos Masotti foram pioneiros do cinema mudo em Minas Gerais e, em 1.926 filmaram “Corações em Suplício” que estreou em Guaranésia no Cine Rio Branco em 1927, época em que provavelmente a primeira “cortina” foi colocada no local.
Já na década de 40 ocorreu uma reforma no cinema, época em que esta segunda cortina foi colocada. Alguns comércios e indústrias existem até hoje como, por exemplo, a Fábrica de Tecidos Santa Margarida e o Posto Barbim, que na época se chamava Barbim, Sá e Freire Ltda. Outras curiosidades das propagandas eram os nomes das ruas e os números de telefones. A Rua Cardeal Carmelo, por exemplo, se chamava Rua Guarani e os números de telefones possuíam somente três dígitos.
Em reunião com o Secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Paulo Marcos, foi definido que a cortina ficará exposta na Casa da Memória e, também, foi conversado sobre a possibilidade de exibição de um filme da época do cinema mudo, para os saudosistas recordarem está época de ouro do teatro e do cinema em Guaranésia.

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