Relembrar faz bem | Os nomes das ruas da cidade – 1ª parte

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Se há coisa que muita gente não entende são os nomes das ruas da cidade. Umas, por nunca terem tido um nome efetivo, outras pelas mudanças incontáveis das placas dos seus padrinhos e ainda outras por se terem perdido as placas com seus nomes respeitáveis.

As primeiras, por exemplo. Dou um doce a qualquer montessantense de boa vontade que me disser, sem hesitar, o verdadeiro nome da chamada “Avenida das Pedras”. Quem sabe, porventura, o nome da Praça da Estação? Ou da Praça Caixa dÁgua Velha? Ou da rua que saíndo do Jardim do Belém, vai acabar na chácara do “seu” Amaral? Ou da rua que desce do último canto da Mocoquinha e vai desembocar nos bambuais adjacentes à chácara dos Lamanas? Esses logradouros públicos, aliás, não são os únicos que, ou não tem nome, ou suas placas batisadoras se perderam através das vicissitudes dos anos. Há outras assim.

Algumas outras, de belos e venerandos nomes, foram vitimas da política do badalo. Rua Presidente Vargas, Rua Governador Valadares, e Olegário e Capanemas. Como muitas vezes os nomes não caiam no gosto do povo – e o nosso povo dificilmente se acostuma a chamar uma rua pelo nome do seu patrono, preferindo identificá-la pela moradia de um amigo ou um acidente topográfico qualquer – as autoridades municipais iam mudando os nomes das ruas, como se mudam as roupas. Um exemplo: em pouco mais de vinte anos a “Rua de Cima” – arual Pres. Vargas (!) – teve os seguintes nomes: Rua Quintino Bocaiuva, Rua Cel. Fabiano Soares, Rua Dr. Pedro Paulino da Costa e Rua Presidente Vargas. Um nome para cada cinco anos. Isso é que é pompa e prodigalidade!

Pesquisa: Maria Zelia
Matéria do Professor Carrato, transcrito do Jornal Nova Era, de 21 de agosto de 1948.

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