Novos aportes formalizados somaram R$ 114,4 bilhões em 2023, o que contribuiu para o saldo positivo nas vagas de trabalho
O Governo de Minas alcançou
a marca de R$ 114,4 bilhões em volume de investimentos privados atraídos em
2023, um recorde histórico desde 1998, quando foi adotada essa metodologia de
medição. De janeiro a dezembro, foram assinados protocolos de investimentos de
189 projetos, que preveem a geração de cerca de 55 mil empregos permanentes em
todas as regiões de Minas.
O trabalho da Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede),
da Invest Minas –
agência vinculada à pasta – e de outras secretarias estaduais ajudou a
impulsionar a geração de empregos e o crescimento da economia mineira no ano
que passou.
O antigo recorde era de 2021, também nesta
gestão, quando foram atraídos R$ 104,3 bilhões, equivalente a R$ 113,3 bilhões
em valores atuais, corrigidos pela inflação. Ao todo, desde 2019, o Governo de
Minas soma mais de R$ 387 bilhões em investimentos atraídos, com a previsão de
geração de 191 mil empregos em mais de 650 projetos.
“Cada vez mais as empresas estão percebendo
esse novo momento que vive Minas Gerais, de mais apoio a quem empreende e gera
riqueza, e vindo se instalar aqui. Isso vem se refletindo na geração de
empregos, que, segundo o Caged, chega a um saldo de quase 200 mil vagas somente
em 2023. Essa é a política mais eficaz para melhorar a vida das pessoas,
oferecendo trabalho e dignidade, para que elas cresçam e se desenvolvam”,
afirma o governador de Minas, Romeu Zema.
Oportunidades que mudam vidas
Os setores que mais atraíram investimentos neste
ano foram os de Infraestrutura (R$ 60,2 bilhões), Energia Solar (R$ 20 bi),
Sucroalcooleiro (R$ 12 bi), Minerais Estratégicos (R$ 5 bi) e outras energias
(R$ 3,9 bi), que contribuíram significativamente para a geração de empregos em
2023.
Uma das vagas abertas foi ocupada pelo operador
José Alves de Paula Neto, de 23 anos, recém-contratado para trabalhar no
terminal ferroviário da Usina Coruripe, que atua no setor sucroenergético. Os
investimentos da empresa tiraram ele e muitos colegas da fila do desemprego,
que já durava meses.
“Essa vaga mudou completamente a minha
realidade, pois hoje tenho um salário estável, consigo honrar meus compromissos
e buscar minhas conquistas. Já tenho meu carro e pretendo construir uma casa.
Por incentivo da empresa, decidi também voltar a estudar e hoje faço um curso
superior na minha área, para aprender mais e passar esse conhecimento adiante”,
conta.
As vantagens de estar em Minas Gerais fizeram a
Docol inaugurar uma fábrica em 2023 em Poços de Caldas, no Sul do estado. O
grupo investiu cerca de R$ 221 milhões no empreendimento, que vai gerar em
torno de 350 empregos permanentes nos próximos três anos. A unidade de produção
será responsável por uma extensa linha de produtos, incluindo bacias com caixa
acoplada, cubas de embutir e sobrepor e tanques de lavar roupa.
“A decisão de estabelecer a nova fábrica em
Poços de Caldas ocorreu após a avaliação de diversos estados e municípios e se
baseou em uma série de fatores estratégicos. A cidade oferece uma
infraestrutura robusta, mão de obra qualificada e maior proximidade aos
fornecedores de matéria-prima, juntamente com o estado de São Paulo e outros
grandes centros consumidores”, disse o presidente da Docol, Guilherme Bertani.
Economia verde
Outros destaques do ano passado foram os
investimentos ligados à economia verde, como energia solar, biocombustíveis,
mobilidade elétrica, entre outros. Os projetos ajudam Minas Gerais a cumprir o
compromisso da campanha Race to Zero, assinado pelo governador Romeu Zema, em
2021, de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Minas Gerais
foi o primeiro estado da América Latina e do Caribe a firmar esse compromisso
com a campanha.
“Hoje não somos somente o estado das
oportunidades de negócio, mas também o estado da economia verde, onde cada vez
mais empresas estão investindo em soluções para o combate às mudanças
climáticas e para a descarbonização. Praticamente todo projeto atraído pelo
Governo de Minas ou tem relação direta com a sustentabilidade, como energia
limpa, biocombustíveis, tratamento de resíduos, ou tem algum aspecto voltado
para a pauta ESG. E é isto que buscamos para Minas Gerais: ser um estado que
cresce e gera empregos permanentes com responsabilidade socioambiental”,
afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
Tecnologia em mobilidade
Outro destaque de
investimento viabilizado pelo Governo de Minas em 2023 é a parceria
entre a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e a multinacional
japonesa Toshiba. Essa colaboração resultará na produção de uma nova geração de
baterias, utilizando lítio e nióbio, com potencial para revolucionar o mercado
global de veículos elétricos. Os detalhes foram apresentados para o governador
Romeu Zema durante missão especial à Ásia, em novembro.
O lítio, abundante no Norte de Minas e no Vale
do Jequitinhonha, se junta ao nióbio, com 80% da produção mundial concentrada
em Minas Gerais, para criar baterias com maior durabilidade, com carregamento
ultrarrápido e recarga total em menos de dez minutos. Uma revolução que promete
tornar os veículos elétricos ainda mais acessíveis e eficientes.
Para isso, a CBMM investiu R$ 306 milhões na
ampliação da capacidade produtiva de Óxidos de Nióbio, incluindo a construção
de uma nova planta em Araxá, no Alto Paranaíba, com capacidade produtiva de 3
mil toneladas anuais.
“Com inauguração prevista para este ano, a
planta possibilita a geração de empregos qualificados para Araxá e região,
fomentando o desenvolvimento econômico e social em nosso estado. O material produzido
em Araxá será aplicado em células de baterias de lítio a serem fabricadas pela
Toshiba promovendo benefícios como segurança, carregamento ultrarrápido e maior
vida útil, requisitos técnicos obrigatórios para eletrificação de ônibus
elétricos, trens, navios, sistemas de estocagem de energia bem como outras
aplicações industriais. Essas baterias serão testadas pela primeira vez em um
modelo de ônibus elétrico que está sendo construído pela Volkswagen e entrarão
em produção em nossa planta industrial de Araxá ainda no início deste ano”,
detalha o head de Baterias da CBMM, Rogério Ribas.
Foto: José de Paula – Usina Cururipe / Divulgação