Bandeiras de Minas e da Capital estão a meio mastro por mortos em rompimento de barragem da Vale há cinco anos; memorial recebeu flores.
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) prestou nesta quinta-feira (25/1/24) homenagem às vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, ocorrido há cinco anos em Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte).
Exatamente às 12h28, horário de início do desmoronamento da barragem, foram hasteadas pela Polícia Legislativa todas as bandeiras dispostas na ALMG no Largo das Bandeiras do Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira.
Em seguida, as bandeiras de Minas Gerais e de Belo Horizonte foram arriadas a meio mastro, permanecendo assim durante todo o dia em sinal de luto pelas 272 pessoas mortas pela lama de rejeitos da barragem, cujo desmoronamento ainda espalhou resíduos de minério de ferro na bacia do Rio Paraopeba.
No ato da Assembleia foi ainda depositada uma coroa de flores no Memorial em homenagem às vítimas inaugurado pelo Parlamento Mineiro no Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira, em janeiro de 2020.
Como forma de homenagear os mortos, o memorial traz os nomes das vítimas e um trecho do poema “Lira Itabirana”, de Carlos Drummond de Andrade.
“Quantas toneladas exportamos de ferro? Quantas lágrimas disfarçamos sem berro?”, Carlos Drummond de Andrade poeta, trecho de Lira Itabirana reproduzido em Memorial da ALMG
De acordo com a Lei 23.590, de 2020, a data de 25 de janeiro foi transformada no “Dia de Luto em Memória das Vítimas do Rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, ocorrido em 2019, em Brumadinho”.
A lei prevê que as bandeiras das repartições públicas do Estado permanecerão hasteadas a meio mastro e será realizado um minuto de silêncio nos eventos oficiais.
