Colunistas | Prof. Dr. Daniel dos Santos | Prática de exercícios físicos por indivíduos diabéticos

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Prof. Dr. Daniel dos Santos . Docente-Pesquisador do Programa de Mestrado e Doutorado em Promoção de Saúde e curso de Educação Física/UNIFRAN . Coordenador da Pós-Graduação Lato Sensu -Fisiologia do Exercício e Nutrição Esportiva/UNIFRAN . Sócio proprietário do Espaço Dâmi – beleza e saúde/Patrocínio Paulista-SP

 

Patrocínio Paulista:-O Diabetes Melito é considerado uma doença crônica não transmissível que tem como característica a hiperglicemia crônica (aumento do açúcar no sangue), que promove alterações no metabolismo. Segundo o Ministério da Saúde, em 2016, 61.398 brasileiros faleceram em decorrência desta doença.

O diabetes melito pode ter diferente origens, o que leva a classificá-lo em diferentes tipos: diabetes tipo 1 ( apresenta deficiência insulínica, que pode ser por causado por destruição autoimune das células beta do pâncreas, ou por causa desconhecida); diabetes tipo 2 ( diminuição da produção de insulina e resistência insulínica); diabetes gestacional e outros tipos que podem ser causados por doenças no pâncreas, infecções e uso de medicamentos.

Dentre os sintomas causados pela hiperglicemia podemos destacar: poliúria (aumento da urina), polidipsia (sede), perda de peso, polifagia (fome) e visão turva. O não tratamento da doença provoca uma hiperglicemia crônica, que por consequências, provoca dano, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos.

Existem vários testes para detectar a doença, dentre estes, o mais comum é a medida da glicemia de jejum. Em relação à glicemia de jejum a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estabelece os seguintes critérios: Normoglicemia < 100; Pré-diabetes ou risco aumentado para DM ≥ 100 e < 126 e Diabetes estabelecido ≥ 126.

Quanto às estratégias para controle da doença, podemos citar a utilização de insulina, de medicamentos que atuam na redução na produção de glicose no fígado, retardo na absorção de glicose outros que agem no aumento da sensibilidade da insulina. Outras terapias não medicamentosas como a alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos, devem ser estimuladas.

Em se tratando de prática de exercícios físicos, inúmeros estudos destacam importantes efeitos benéficos quanto a sua prática, sendo eles: melhora da capacidade cardiorrespiratória, da composição corporal (diminuição de massa gorda e aumento de massa muscular), da massa óssea e da sensibilidade à insulina e consequentemente diminuição da glicemia.

É importante que antes da prática de exercícios físicos, a condição clínica seja avaliada pelo médico. Posteriormente é fundamental que esta prática seja regular e atinja um mínimo de 150 minutos por semana (exercícios aeróbios e de fortalecimento muscular). Outros aspectos também devem ser observados, tais como: a orientação de um profissional de educação física (que irá avaliar e prescrever exercícios de acordo com a condição física do diabético), a observação quanto à dose e horário que foi administrada a insulina, o monitoramento da glicemia (antes, durante e após a realização de exercícios) a adequação nutricional (antes, durante a após a realização de exercícios) e por fim, a utilização de roupas e calçados apropriados e o exame dos pés antes e após a realização de exercícios (surgimento de bolhas).

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