Patrocínio Paulista:-A síndrome de Down foi descrita pela primeira vez como condição clínica em 1866, pelo médico inglês John Langdon Down. No Brasil, cerca de cerca de 300 mil pessoas têm síndrome de Down. Esta síndrome está associada a um distúrbio genético no par de cromossomas 21, que constitui uma das causas mais frequentes de deficiência mental. Além das frequentes limitações na função cognitiva, os portadores da síndrome de down, apresentam a prevalência de determinadas patologias.
Dentre as inúmeras patologias, a obesidade é muito comum nestes indivíduos, sendo a prevalência desta patologia maior do que na população em geral. Esta facilidade em ganhar peso está associada, sobretudo, a hábitos alimentares inadequados e uma alteração do metabolismo, que se apresenta mais lento, devido ao sedentarismo e as alterações hormonais que levam ao hipotireoidismo.
Neste sentido, inúmeros estudos têm apontado que a prática regular de exercícios físicos promove a saúde dos indivíduos portadores de síndrome de down. Dentre alguns benefícios já evidenciados na literatura, podemos citar:
-redução da obesidade e melhoria da qualidade do sono.
-Melhora da força, equilíbrio e coordenação motora.
-Estimulo ao trabalho em equipe, desenvolvimento do autocontrole e melhora da autoestima.
Dentre os mais diversos tipos de exercícios físicos, são sugeridos pela maioria dos estudos, exercícios aeróbios, exercícios de fortalecimento muscular e modalidades esportivas. Outros estudos têm utilizados estratégias alternativas, como os videogames que estimulam a movimentação do jogador, como o Nintendo Wii. Estas estratégias tem possibilitado uma maior adesão dos seus praticantes, o que diminui o sedentarismo e contribui para a redução das doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, os cânceres, as doenças respiratórias crônicas e o diabetes mellitus.
Um aspecto importante a ser observado, é que os portadores de síndrome de down pratiquem esses exercícios físicos sob supervisão de profissionais de Educação Física e, sobretudo, que os mesmos, tenham um acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de saúde.
Referências:
PEREIRA, Joana Flávia Calheiros Gonçalves. Obesidade na síndrome de down. Porto: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto; 2009. Disponível em: https:// repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/54724/3/131710 _ 0980TCD80.pdf.
SILVA, Franciéle Gomes da; MIRAGLIA, Fernanda. Análise do consumo alimentar em indivíduos com síndrome de Down da região metropolitana de Porto Alegre. Cinergis, Santa Cruz do Sul, v. 18, n. 2, p. 93-98, abr. 2017. ISSN 2177-4005. Disponível em: <https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/8403>. Acesso em: 11 jun. 2018. doi:http://dx.doi.org/10.17058/cinergis.v18i2.8403.
www.pubmed.com (palavras-chave: down syndrome, exercise, health)