Itirapuã:- Os gritos de dor assombraram o corredor frio e vazio. Era Agosto. Ventava. Observando o balanço das árvores lá fora o homem, angustiado, chorou. Os dedos brincavam sem perceber com o terço que era da avó. Outro grito. Mais um. Ele tentou rezar. Em vão… No meio das Ave-Marias ele se perdeu. Chegou outro médico… Uma enfermeira veio correndo ajudá-lo. “Não posso falar com o senhor agora”…
Outro grito… Agora os gemidos eram longos e constantes.
O Dia começou a raiar e ele ainda estava observando o balanço das árvores, mas, de repente um choro… Longe…
Seu coração parou por um instante. O choro aumentou e agora era forte, alto!
“O senhor é o pai?” Perguntou a moça dos olhos negros como pequenas jabuticabas… Ele disse: – Sim!
E caminhou seguindo a jovem enfermeira que parou a porta de quarto. Ele respirou fundo, olhou pra ela que sorriu pra ele. O homem sentiu uma paz boa, uma alegria vibrante… Agarrou o terço e sussurrou “Obrigada meu Pai!”. Respirou fundo e abriu a porta. No quarto a meia luz, a jovem mulher amamentava aquele pequeno ser. Ela olhou pra ele, sorriu e lhe estendeu a mão…
Então…
Era uma vez uma historia do verdadeiro amor…