Dionatan de Almeida teve 100% de aproveitamento na análise das xícaras e bateu recorde de menor tempo no Campeonato Mundial de Cup Tasters
Por Redação
O brasileiro Dionatan de Almeida é campeão mundial de prova de café. Antes de mais nada, o inédito título ao país foi conquistado no último dia 14 de abril. Ou seja, superando 33 competidores de todo o mundo, no World Cup Tasters Championship, em Chicago (EUA). Isso durante a Specialty Coffee Expo.
Primeiramente, o provador de café das Fazendas Caxambu e Aracaçu, de Três Pontas (MG), teve 100% de aproveitamento na análise das oito xícaras na final da competição em 2’19”. Portanto, desempenho 10 segundos mais rápido do que a segunda colocada, a alemã Aurore Ceretta. E 32 segundos melhor do que o terceiro colocado, Han Jong Lee, da Nova Zelândia.
Além disso, na semifinal, ele bateu o recorde mundial de menor tempo do campeonato, com o acerto das oito xícaras em 2’09”.
Campeão mundial de prova de café
Desde já, Almeida é o atual vencedor do Campeonato Brasileiro de Cup Tasters. Isto é, a competição do projeto “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O que lhe conferiu, assim, o passaporte para ser o embaixador dos cafés do país na disputa mundial.
“Estou muito feliz por trazer esse título inédito ao Brasil. Agradeço demais a Deus por essa oportunidade e a todos que fizeram parte dessa história. Especialmente a BSCA e a ApexBrasil, que realizam os campeonatos brasileiros e fazem tudo isso ser possível. Dando suporte o tempo inteiro e possibilitando que eu viajasse aos EUA. Também aos parceiros que abraçaram essa causa para que pudesse me preparar e estar no mundial. Como as Fazendas Caxambu e Aracaçu, e o Paiol Café Boutique, que sempre estiveram comigo desde o início da minha história no café”, reconhece.
Potencial do Brasil
O campeão, inclusive, espera que o seu seja apenas o primeiro título internacional de muitos que o Brasil tem potencial para conquistar na prova de café. Bem como nas demais categorias dos campeonatos de barismo.
“Com esse, já temos dois mundiais. Lembrando que o Boram (Um) é o atual campeão mundial de Barista. Que venham muitos outros para que possamos celebrar e colher os frutos de toda a dedicação que temos aqui em nosso país”, completa.
De acordo com o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, a vitória do provador brasileiro é mais uma evidência da importância do projeto setorial.
“Essas conquistas são reflexo do esforço conjunto para consolidar internacionalmente a ideia de que o Brasil não é apenas uma nação produtora. Mas, também, um grande conhecedor de cafés. Somos especialistas no tema, temos expertise e produtos de alta qualidade para compartilhar com o mundo”, destaca.
Evolução
Por outro lado, Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA, explica a evolução constante dos brasileiros nas competições mundiais de barismo. Para ele, isso reflete os investimentos e capacitações que são realizadas no país.
“Temos diversos cursos de formação profissional para baristas no Brasil, inclusive de provadores. Como os cursos de Q-Graders que realizamos dentro do programa BSCA School. Esse arcabouço de qualificação profissional impulsiona nossos baristas a níveis históricos, como o título mundial que o Dionatan acaba de conquistar”, diz.
Campeonatos
Outra plataforma que fomenta a capacitação dos profissionais, conforme Estrela, é a realização dos campeonatos de barismo no Brasil. Que foram assumidos pela BSCA em 2016, com o objetivo de estimular a permanente evolução dos baristas.
“Há oito anos, tornamo-nos National Body da World Coffee Events, que é a entidade organizadora dos mundiais de barismo. O que nos deu o direito de realizar as etapas classificatórias das competições globais no país. Possibilitar a disputa internamente fez e segue fazendo com que os profissionais baristas se qualifiquem cada vez mais para buscar os títulos nacionais. E, consequentemente, transformarem-se nos embaixadores dos cafés do Brasil”, comenta.
Estrela anota, ainda, que a cafeicultura é intrínseca ao país. E que cada brasileiro tem o café envolvido em sua cultura. Aliás, o que é um importante gatilho para se ter tantos profissionais gabaritados, nos mais diferentes segmentos da atividade, em todo o Brasil.
Extraído do hub do café
