Relembrar faz bem | Tomaz Antônio Gonzaga e a Conjuração Mineira

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É mais ou menos incerta a data do nascimento e morte do insigne poeta de “Marilia de Dirceu”. É de crer-se que tenha nascido em 1744 e falecido em 1809. Porém com todas essas dúvidas, o grande poema de Gonzaga viverá enquanto existir a língua portuguesa. O grande livro que escreveu e vitima inocente que foi do despotismo colonial, constituem o pedestal onde se encontra do qual jamais descerá. “Marilia de Dirceu” tal como Matércia e Beatriz estará sempre presente como a mais doce e bela inspiração do amor de um poeta.

Há duvidas acerca de participação de Gonzaga na Inconfidência Mineira. Na primeira declaração o poeta nega, firmemente, a sua participação do movimento. É um documento firme e altivo, pois, não acusa ninguém, nele Gonzaga defende a si e aos seus acusadores. Nos depoimentos feitos pelos acusados da Inconfidência salvam-se apenas dois: o de Tiradentes e o de Gonzaga.

Tiradentes no 1º interrogatório acusou desceu, acovardou-se. Nos últimos depoimentos torna-se diferente, nobre, agiganta-se, assume a responsabilidade. Gonzaga conserva sempre a mesma figura , austera, altiva, depositando sua confiança aos juízes, desculpando a todos. É talvez o mais belo e expressivo vulto da Conspiração. Perguntamos: Terá Gonzaga participado da Conspiração? Continua na próxima edição;

Pesquisa: Maria Zelia
Por: Divino José Moreira
Texto extraído do jornal Gazeta de Minas, de 29 de abril de 1926

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