Rodrigo Pacheco assume DEM para disputar o governo

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Os holofotes da política nacional estarão voltados para Minas Gerais, na próxima segunda-feira. De olho no segundo maior colégio eleitoral do país, o presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato à presidência da República pelo DEM, Rodrigo Maia, estará em Belo Horizonte para referendar a entrada do deputado federal Rodrigo Pacheco ao partido. A filiação de Pacheco, que deixará o MDB para disputar o governo pelo DEM, é tratada como a maior aposta do partido na disputa pelos governos estaduais em todo país.

Junto à filiação, Pacheco deverá ser alçado presidente estadual do DEM. A expectativa é a de que a executiva nacional da legenda dissolva os diretórios estaduais e municipais para que os candidatos ao governo pelo DEM assumam o comando das estruturas partidárias e tenham liberdade para costurar os acordos com deputados, prefeitos, vereadores e lideranças. A medida é fundamental para a construção da chapa que disputará as eleições. Com a filiação de Pacheco, o DEM deverá atrair vários prefeitos e deputados para a legenda. A maior parte deverá ser formada por dissidentes do MDB que querem continuar ao lado de Pacheco e são contrários à reedição da aliança com o governador petista, Fernando Pimentel.

Porém, nomes de outros partidos também são esperados. Um exemplo é o do deputado federal Bilac Pinto. Atualmente ele está filiado ao PR. As conversas para a troca de partido estão adiantadas e devem ser concluídas até o dia 19. Além de Rodrigo Maia, estarão presentes no ato de filiação o prefeito de Salvador (BA) e presidente nacional do partido, Antônio Carlos Magalhães Neto, e o deputado federal Carlos Melles, atual presidente estadual do DEM. Em carta de despedida do MDB, Pacheco justificou a sua desfiliação por discordar frontalmente de alas do partido que optaram pela permanência da aliança com o PT. “Infelizmente, prevaleceram outras forças do partido, que levarão à reedição da equivocada aliança com o PT na eleição desse ano”, disse.

O deputado ressaltou que o estado enfrenta a pior crise de sua história. E a tentativa de reeleição do petista não tem nenhum respaldo crível para justificá-la. Ainda na carta de despedida aos ex-correligionários do MDB, Pacheco destacou sua trajetória que, segundo ele, buscou honrar a sigla por meio de seu mandato de deputado federal. “Até mesmo nos momentos de divergência ideológica mais agudos, como a que agora motiva minha saída, mantive o respeito absoluto aos meus pares, algo próprio da minha personalidade”, concluiu.

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