Colunista | edgarlook – Espaço Memória – HR | A IRONIA DOS DESCARTÁVEIS…

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A minha geração viveu a ilusão dos descartáveis. A modernidade indicava que utensílios de uso único era sinônimo de higiene e praticidade. Lavar copos, pratos e armazenar garrafas para trocar no bar da esquina passava a ser antiquado e retrógrado. Instalou-se uma indústria produtiva que vendia comida rápida, prática e sem o ônus de lavar, secar e guardar. Hoje ainda vivemos esta realidade. Entretanto, todos já percebemos que esta prática inviabiliza o equilíbrio saudável do Planeta. Garrafas Pet circulam nos Oceanos ressaltando a irresponsabilidade da civilização atual. O que era bacana e moderno na minha adolescência, hoje ameaça a Terra de maneira inequívoca.

O Glamour dos Descartáveis precisa dar lugar ao reutilizável. Amar seu faqueiro novamente, pendurar sua sacola de compras na área de serviço como ainda está viva na memória dos mais velhos. Modernidade hoje é tentar deixar o mínimo do seu rastro no meio ambiente, procurando preservar uma qualidade de vida aceitável. Desafio hoje para todas as gerações contemporâneas. A ironia dos descartáveis é que um dia, a própria Terra, pode considerá-lo supérfluo e pernicioso. A vida na Terra ainda não é reciclável…

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