Segundo dados da ABIC, os consumidores do país tomam mais a bebida, numa média de 5,12 kg por habitante por ano
O Brasil é o segundo país que mais consome café no mundo, atrás somente dos Estados Unidos por uma diferença de 5,2 milhões de sacas. Contudo, em relação ao consumo global de café per capita, os brasileiros tomam mais, numa média de 5,12 kg por habitante por ano. O levantamento considera as formas torrada ou moída.
Antes de mais nada, os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Segundo a entidade, o volume cresceu 1,64% entre novembro de 2022 e outubro de 2023 na comparação com o período entre novembro de 2021 a outubro de 2022.
Consumo global de café
De antemão, uma das explicações para o aumento foi a queda dos preços nas gôndolas de mercados e supermercados no ano passado. Segundo a ABIC, o recuo chegou a 13,5%, depois de dois anos com subidas expressivas.
Em 2022, por exemplo, o salto alcançou 35,4%. E, em 2021, 51,1%, por causa das adversidades climáticas que prejudicaram as safras. Dessa forma, gerando produções menores. Neste ano, a previsão é de uma alta de, pelo menos, 15% neste primeiro semestre.
Contudo, em termos de faturamento, as vendas da indústria do café totalizaram R$ 22,9 bilhões, contra R$ 23,54 bilhões no ano anterior. No campo das exportações, o país comercializou 39,2 milhões de sacas de café ao exterior em 2023. Assim, a quantidade ficou praticamente estável em relação a 2022. A receita, no entanto, dada a diferença cambial, caiu 13% para US$ 8,041 bilhões.
Conforme o IBGE, no setor de agricultura, o valor da produção cafeeira só é inferior ao da soja, milho em grão e cana-de-açúcar. Está à frente, por exemplo, de algodão herbáceo, trigo e arroz. Definitivamente Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo são os maiores produtores.
Perfil do consumo e do consumidor
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café, entre janeiro e dezembro de 2023, o tipo tradicional/extraforte foi disparadamente o mais tomado: 85,52%. Em seguida, aparecem, pela ordem, solúvel (5,87%), superior (3,7%), cápsulas (3,1%), gourmet (1,73%) e especial (0,08%).
Ademais, na divisão socioeconômica, é possível ver que a bebida está disseminada em todas elas. Porém, existindo uma leve vantagem entre os mais ricos, AB (19,95%). Na sequência, surgem as classes C (19,67%) e DE (18,97%). Desde já, os dados são referentes a dezembro de 2023.
Por fim, entre as regiões do país, a Sudeste responde por 41,8% do consumo nacional. O Nordeste vem em segundo lugar com 26,9%, depois o Sul (14,7%), Norte (8,6%) e Centro-Oeste (8%).
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Por: Hub de Café
Brasil: Rei do Café!