Deputados questionam suposto cerceamento de manifestação dos servidores da área de segurança

36
0
COMPARTILHAR

Chefe do Gabinete Militar foi convocado para prestar esclarecimentos sobre ordem para impedir a entrada na Cidade Administrativa.

Policiais dizem que governo violou seus direitos constitucionais de livre manifestação – Arquivo ALMG Álbum de fotos Foto: Guilherme Dardanhan

Nesta terça-feira (27/2/24), a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública para debater o cerceamento de manifestação dos servidores de segurança pública no Espaço Cívico da Cidade Administrativa, no dia 8 de fevereiro. A audiência pública será realizada a partir das 10h30, no Auditório José Alencar da ALMG.

Para a reunião, foi convocado o Cel. PM Carlos Frederico Otoni Garcia, chefe do Gabinete Militar do governador do Estado. O requerimento para realização da audiência pública é de autoria do presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Sargento Rodrigues (PL) e do deputado Caporezzo (PL). Os dois parlamentares acompanharam a manifestação realizada pelos servidores no dia 8 de fevereiro.

De acordo com o que foi relatado no requerimento, os servidores da segurança pública organizados em manifestação previamente noticiada e pacífica, sem armas, foram impedidos de entrar no Espaço Cívico da Cidade Administrativa. A ordem teria partido do chefe do Gabinete Militar do governador do Estado.

A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia Civil no Estado de Minas Gerais (Sindepominas), pelo Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG) e outras entidades sindicais da área da segurança para reivindicar a reposição de perdas salariais.

“O Coronel PM Carlos Frederico Otoni, com sua ordem, impediu que os servidores da Segurança Pública exercessem o direito legítimo de se reunirem pacificamente, sem armas, em local designado para tanto, mesmo após prévio aviso do sindicatos Sindepominas e Sindppen-MG ao comando geral da PMMG, ao Batalhão de Polícia de Guardas, à administração da Cidade Administrativa e à presidência da BHTrans”, afirmam os parlamentares, no requerimento.

Os dois deputados argumentam que, ao impedir a entrada da manifestação no Espaço Cívico, o governo “violou o livre e regular exercício de mandato pelos parlamentares e representantes de classe que participavam da manifestação”. Por esse motivo, ambos consideram imprescindível a convocação do chefe do Gabinete Militar para prestar esclarecimentos referentes à violação das garantias constitucionais previstas no artigo 5º da Constituição Federal.

De acordo com o inciso XVI do artigo 5º da Constituição Federal, “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.

Presidentes e representantes de diversas entidades sindicais da área de segurança já confirmaram participação na audiência pública.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Campo obrigatório