Maior café do mundo é coado no Espírito Santo

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Com mais de 8 mil litros de água e 700 quilos de pó de arábica, a bebida foi feita em Brejetuba, no interior do Estado

Por Redação

Bastaram uma xícara gigante, 700 quilos de pó de café arábica e muita determinação para manter a tradição do “maior café do mundo” até hoje, coado na cidade de Brejetuba, no interior do Espírito Santo. Antes de mais nada, o Guinness Book registrou o recorde em 2011. Entretanto, superaram no mesmo ano. Conforme publicado no UOL.

Assim, o resultado do trabalho rendeu 8.260 litros de café coado no dia 30 de setembro. E ocorreu na cidade, em um evento que comemorou os 28 anos de fundação do município. Desde já, a cidade mantém o recorde brasileiro, atestado pelo RankBrasil em 2011, e que havia superado o do Guinness na época.

“Em 2011 conquistamos o último recorde. No entanto, não foi mantido, porque o Guinness não distingue as categorias. No mesmo ano, Londres bateu o recorde com 13 mil litros, mas em máquinas, e não de forma artesanal como fazemos. Depois, Honduras bateu outro recorde, mas com café solúvel”, explica Mazinho Fidelis. Ele é empresário e secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Brejetuba.

Maior café do mundo

De antemão, a gestão vai fazer contato com o Livro dos Recordes falando sobre o evento deste ano para pedir a categorização dos recordes. Já que eles não costumam ser específicos.

“A ideia é que o Guinness possa classificar as categorias. Porque são formas muito diferentes de extrair o melhor do café, e a artesanal, como fazemos, é uma das maneiras mais antigas”, justifica Mazinho.

Dia Internacional do Café

Em 1º de outubro comemoram o Dia Internacional do Café. Dessa forma, usaram imagens de Brejetuba em um vídeo do Cecafé (Conselhos dos Exportadores de Café do Brasil). Em primeiro lugar, com legendas em inglês, espanhol, alemão, árabe, chinês, coreano, francês, italiano e japonês, para celebrar a data.

“Esse vídeo foi feito [quase] todo em nosso município falando da agricultura familiar”, ressalta o secretário.

Como o café é coado

Acima de tudo, para preparar um café gigante, precisam de uma estrutura fixa para que a xícara fique instalada. Além de uma haste de madeira com altura de sete metros que vai segurar o enorme coador de 2,5 metros.

Quem confecciona o utensílio gigante é, especialmente, a família da funcionária pública Jamaica Maria. Ela, o pai Nei e o irmão Felipe Lázaro levam cerca de um mês para finalizar o coador.

“Ele é feito por várias camadas de tecido. E, para dar ainda mais sustentação, tecemos uma rede com várias cordas”, explica.

Nesse sentido, o tecido é do tipo de rede de futebol. Tudo isso para suportar o peso do café.

Em seguida, escolhem o fruto entre os cafeicultores do município, que detém o título de capital estadual do café arábica, e que garantem sua qualidade.

Depois, usam um caminhão térmico na festa para levar de uma caldeira a água que precisa estar acima de 96ºC. Isso para preservar as características e sabores do café.

Centro de eventos Cafezão

Curiosamente, o evento ocorre no centro de eventos da cidade chamado Cafezão.

“No local, acontece a pesagem do café que já havia sido torrado e moído na semana do evento. Depois, levam até a altura do coador em um robô automático, onde abrem as embalagens. E jogam o café dentro do coador”, detalha o secretário.

Primordialmente, a água acaba sendo sugada por uma bomba elétrica do caminhão-pipa para atingir a altura dentro de uma mangueira apropriada para suportar a temperatura da água jogada no coador.

“Demora uns 10 a 20 minutos para a mágica acontecer e começar o show sensorial e de sabor que toma conta de todo o espaço”, detalha Mazinho.

Vai um cafezinho?

Quem participa do evento, pois, consegue sentir o cheiro de café exalando enquanto ele é coado. Portanto, em um processo que pode durar até quatro horas de coagem, o que torna quase irresistível querer apreciá-lo. Com 50 minutos, servem a bebida.

Desta vez, os mais de oito mil litros de café foram suficientes para servir pelo menos dois mil cafezinhos para quem estava presente. Porém, as pessoas também puderam se servir, então a prefeitura garante que o número de cafezinhos é maior.

Do que sobra, há o resguardo do material. Após, usam o pó como fertilizante.

“Sempre sobra cafés. Ele fica por um período na grande xícara e diminui com o tempo, depois depositam em um grande buraco. Depois de seco, usam o pó como fertilizante natural na lavoura”, finaliza Mazinho.

Extraído do hub do café

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