Colheita de café acontece em todo o Brasil e negócios de arábica melhoram

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De acordo com o Cepea, a colheita começa a ganhar ritmo no país, mas cafeicultores estão atentos ao clima por conta do fenômeno El Niño

Por Redação

Todas as regiões produtoras de café no Brasil já iniciaram a colheita da safra 2023/24, de acordo com informações compiladas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Além disso, o ritmo de negócios envolvendo o café arábica “cresceu um pouco” neste final de maio, ressaltou o Cepea. De antemão, o instituto citou que “esse cenário está atrelado ao aquecimento na procura por cafés mais finos”.

Colheita

Na semana passada, pois, o presidente do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, mencionou maior interesse de venda de produtores enquanto a colheita começa a ganhar ritmo.

“As atividades envolvendo (a colheita do) arábica ocorrem conforme o esperado, tanto em relação à qualidade quanto ao volume”, anunciou o centro de pesquisas.

Café robusta

No entanto, nos cafezais de robusta, no Espírito Santo, “intempéries afetaram as lavouras, sobretudo nas primeiras fases do ciclo. E isso tem resultado em quebra na produtividade”, afirmou o Cepea. A informação está em linha com projeção da estatal Conab e de produtores.

“Assim, produtores estão apreensivos quanto ao volume final de robusta a ser colhido no estado capixaba. No Espírito Santo, de 20 a 25% da produção esperada foi colhida até o momento. E, em Rondônia, cerca de 45%”, avisa o relatório do Cepea na véspera.

De acordo com o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello, lentas vendas da variedade conilon também estavam associadas a uma quebra de safra neste ano no Espírito Santo. Isso após um recorde colhido em 2022.

Café arábica

Ademais, um levantamento do Cepea mostra que a colheita avançou em outras áreas importantes para o café arábica.

Na região de Garça (SP), por exemplo, a colheita soma entre 13 e 15% do volume estimado. Nas Matas de Minas, cerca de 15%. No Sul Mineiro, de 5 a 10%. Na Mogiana (SP), 10%. E, no Noroeste do Paraná e no Cerrado Mineiro, 5%.

El Niño

Ainda assim, cafeicultores seguem atentos ao clima, acrescentou o centro de estudos. Portanto, a análise mostra que muitos produtores estão preocupados com a atuação do fenômeno climático El Niño entre junho e julho.

Segundo a Climatempo, uma frente fria com nuvens carregadas deve chegar nos próximos dias, trazendo chuvas em todas as regiões produtoras. Com exceção de Rondônia, o que pode prejudicar a colheita.

Extraído do hub do café

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