Plano poderá movimentar investimentos de R$ 20 bi, com o objetivo de viabilizar as exportações de produtos do sul de Minas Gerais, principalmente café, pelo porto de Angra dos Reis, no litoral do Rio
Um projeto que poderá movimentar investimentos na ordem de R$ 20 bilhões quer levar produtos do sul de Minas Gerais, principalmente o café, até o porto de Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. A intenção é unir essas pontas por ferrovia e transportar o café pelos trilhos.
Segundo reportagem do Valor Econômico, divulgada no portal Portos e Navios, o projeto foi defendido pelo Porto Seco Sul de Minas e pelo Terminal Portuário de Angra dos Reis (Tpar).
Assim, o novo corredor logístico depende da reativação dos trechos ferroviários Varginha-Três Corações-Lavras (Shortline Sul de Minas) e Barra Mansa-Rio Claro-Angra (Shortline Sul Fluminense).
Os dois fazem parte da Ferrovia Centro-Atlântica, administrada pela VLI, mas estão inoperantes desde 2010 e 2009, respectivamente.
Porto de Angra como opção
Atualmente concentradas no porto de Santos, as exportações que partem do Porto Seco Sul de Minas rendem cerca de US$ 1 bi por ano (R$ bi, incluindo impostos). Assim, chegam ao litoral paulista em caminhões, com custo mais alto.
De acordo com o Grupo de Estudos Econômicos do Sul de Minas, a movimentação anual chega a 100 mil contêineres. Isso incluindo exportações de café, importação de fertilizantes e movimentação inter-regional de café. Com o novo corredor, estima-se que o volume poderá dobrar.
Segundo Cleber Marques de Paiva, presidente do Porto Seco de Varginha e exportador de café, ao todo, os investimentos no projeto Varginha-Angra podem alcançar entre R$ 20 bilhões e R$ 23 bilhões. Ou seja, somando-se obras de infraestrutura -inclusive em pequenos trechos rodoviários de ligação- terminais e armazenagem.
Para dar início aos trabalhos, Paiva acredita que seja necessário um capital de risco de R$ 200 milhões. Dessa forma, a ferrovia poderá chegar a 5 quilômetros do porto de Angra.
Já no trecho rodoviário de ligação, a ideia é que o transporte das cargas seja em caminhões elétricos. Com o objetivo de reduzir o impacto da operação no ambiente.
Já no porto de Angra dos Reis, conforme a matéria, serão necessários investimentos estimados em R$ 150 mi. Para suportar, assim, o aumento da movimentação de cargas.
Extraído do Notícias da Cooxupé
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