Regras
que mudam a todo o momento criam necessidade de adaptação constante para a
retomada de viagens
*Por Natasha de Caiado Castro
Não existe mais modo automático na vida e, menos ainda, nas
viagens. Até antes da pandemia, estávamos acostumados a fazer tudo de uma forma
em que tudo se encaixava. Não é mais assim e, por enquanto, precisamos nos
adaptar às novas realidades e aos perrengues que elas trazem, pois não sabemos
quando ou mesmo se tudo voltará ao normal.
No turismo, o sistema desencaixou. Pense em uma engrenagem: ela funciona bem
porque todas as peças se “entendem”, mas se um parafuso afrouxar, ela
para ou fica descontrolada. No universo das viagens, as partes não estão mais
conversando. As companhias aéreas não estão falando entre elas ou com os
aeroportos, os hotéis ou mesmo as pessoas. Os aeroportos pouco explicam para os
passageiros quando algo dá errado in loco. Responsabilidades são jogadas de
colo em colo, e ninguém quer assumir os erros para os consumidores.
Percebeu um personagem que aparece em todas as situações – e sempre do lado que
precisa de auxílio? As pessoas – passageiros, consumidores, eu e você.
O que fazer quando as coisas derem errado? E como se prevenir para evitar
perrengues homéricos? Reuni algumas experiências que temos presenciado em nosso
dia a dia na Wish International para tornar a sua vida mais fácil.
O sucesso está nos detalhes
Quando mencionei que as companhias aéreas não estão conversando entre elas, não
foi à toa. Com a capacidade reduzida por questões de segurança sanitária,
alguns voos têm chegado com overbooking em suas paradas quando fazem parte de
viagens com escalas. Os passageiros, que nada têm a ver com isso e só querem
embarcar para seguir viagem, ficam à mercê do encaixe em um próximo voo.
Se a culpa é da empresa que vendeu a passagem ou da companhia aérea com
overbooking, pouco importa – e nem adianta alimentar expectativas em relação a
soluções imediatas. O melhor é pensar à frente e fazer de tudo para não passar
por isso.
Tenha em mente o seguinte: as regras mudam todos os dias. Às vezes, no meio do
dia. Enquanto você está no seu voo rumo a um aeroporto onde fará uma conexão.
Não dá mais para fazer as coisas no gut feeling, como a intuição mandar. Tem
que ser no papel, na checklist. Literalmente.
Ligue para a companhia aérea para checar o status do voo. Aproveite para
confirmar se você está com toda a documentação necessária naquele dia e se os
seus equipamentos de segurança são os aceitos para o seu destino – muitos
países não aceitam mais viajantes com máscaras faciais de pano, apenas a PFF-2.
Talvez peçam para você usar face shield. Não existe confirmação excessiva.
Faça as contas da quarentena corretamente. Como a entrada de voos diretamente
do Brasil está proibida na maioria dos países, será necessário cumprir uma
quarentena em algum lugar que permita a chegada e a estadia de voos
brasileiros. Todos pensam em 14 dias, mas na verdade são 16, porque você
precisa contar os dias dos voos em si. Se fizer uma quarentena redux, não
poderá entrar no seu destino. E só por causa de uma conta imprecisa…
Leve as receitas médicas de todos os seus remédios, verifique o desbloqueio dos
cartões de bancos e a habilitação do roaming do celular. Esses detalhes podem
garantir sua tranquilidade caso um voo seja cancelado e você precise bancar uma
hospedagem surpresa perto do aeroporto até conseguir embarcar em outro, por
exemplo.
Ter certeza de que a fronteira do país escolhido para a quarentena está aberta
naquele dia também é importante. Como já falei e acho que não custa repetir: as
regras estão mudando o tempo todo. Esteja preparado para tudo!
Terceirizar os pormenores pode ser a
chave da tranquilidade
Talvez algumas pessoas achem tudo isso muito pesado. Talvez você não se sinta à
vontade para cuidar de tantos pormenores. E tudo bem!
Nesses casos, vale muito lançar mão da ajuda de profissionais e empresas com
expertise em providenciar todos os detalhes para uma experiência de viagem
tranquila e segura. E que, principalmente neste momento que estamos vivendo, se
mantenha atualizada sobre regras por você.
Na Wish International, viabilizamos o esquema door-to-door, ou seja, pegamos o
cliente na porta da casa dele e ele só ficará por conta própria quando chegar
ao destino final, passando inclusive pela quarentena nos hotéis mais seguros
disponíveis no mercado. E isso se ele quiser ficar sozinho, é claro: sempre há
a possibilidade de continuarmos acompanhando sua viagem.
Algumas coisas não são demais atualmente: os cuidados no dia a dia, os testes
de Covid-19, as confirmações de serviços, as garantias de tranquilidade. Já
estamos vivendo de uma forma tão diferente do nosso normal, com uma ânsia tão
grande de poder voltar a viajar sem essas preocupações, que fazer tudo
direitinho e fugindo de “roubadas” agora é imprescindível.
Quem conseguir se adaptar a tantas mudanças sairá sempre na frente, seja em
nível pessoal ou de negócios. Acredite: quando tudo isso passar, você vai
agradecer por ter prestado atenção a estes alertas e ter conseguido fugir dos
perrengues de viagens da pandemia.
*Natasha de Caiado Castro é fundadora e CEO da Wish International, especialista
em inteligência de mercado, Content Wizard e Investor. É também Board Member da
United Nations e do Woman Silicon Valley Chapter.
Fonte: Fernanda Ribeiro fernanda.ribeiro@digitaltrix.com.br