Parlamentares denunciam privatizações e marmitas com baratas

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Pronunciamentos cobram explicações sobre alimentos contaminados nas prisões e possível privatização de escolas e Copasa.

Pronunciamentos dos parlamentares foram feitos por teleconferência, em razão da pandemia de Covid-19 – Foto: Willian Dias

Servidores públicos do Complexo Penitenciário Estêvão Pinto denunciaram, no sábado (12/9/20), que as marmitas entregues para alimentação tanto dos próprios funcionários quanto dos presos estavam chegando repletas de baratas. A queixa foi um dos temas tratados pelos parlamentares durante a Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (15/9/20).

Em seu pronunciamento, o deputado Sargento Rodrigues (PTB) disse ter visto fotos encaminhadas pelos servidores da penitenciária. Ele cobrou providências do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, general Mario Araujo, a fim de exigir da empresa responsável a prestação de um serviço digno, com alimentos de boa qualidade.

Sargento Rodrigues também criticou o sistema de plantões regionalizados da Polícia Civil que, em alguns municípios, como Unaí (Noroeste de Minas), impõe aos policiais um deslocamento de até 280 quilômetros para chegar a algumas localidades sob sua responsabilidade. Com isso, as viaturas ficam na estrada por mais de seis horas, deixando a população mal servida e sobrecarregando os servidores. “Essas cidades não podem sofrer um prejuízo tão grande”, afirmou.

O deputado disse que pretende solicitar a realização de audiências públicas para tratar das duas questões.

Privatizações – A possibilidade de privatização de escolas estaduais e da Copasa foi a preocupação da deputada Andréia de Jesus (Psol) em seu pronunciamento. No domingo (13/9/20), o empresário Salim Mattar, proprietário da locadora de veículos Localiza Hertz, divulgou nas redes sociais que o governo de Minas deverá adotar o modelo de escolas charter em 2021. Esse formato permite a gestão privada em escolas públicas.

O fato de a informação ter sido divulgada por um empresário, antes de ser discutida com a Assembleia ou com a sociedade, indignou a deputada Andréia de Jesus. “Não sei se mando um ofício para o dono da Localiza ou para a Secretaria de Educação”, afirmou ela.

A parlamentar também criticou a informação de que o Governo do Estado está contratando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para realizar um estudo sobre a melhor alternativa e o modelo mais adequado para propor a privatização da Copasa. Ela considerou a iniciativa um desrespeito à Assembleia Legislativa, uma vez que é necessária autorização do Poder Legislativo para que a Copasa seja vendida.

Saúde – Já o deputado Carlos Pimenta (PDT) transmitiu seu pronunciamento ao vivo, durante a reunião de Plenário, diretamente da Santa Casa de Porteirinha (Norte de Minas). Ele elogiou o andamento das obras iniciadas pela prefeitura local para a construção do Centro de Tratamento Oncológico da Serra Geral de Minas, com um investimento de R$ 1 milhão.

De acordo com o deputado, o centro oncológico beneficiará centenas de pacientes que hoje são obrigados a se deslocar por até 600 quilômetros, a fim de se tratar no município de Montes Claros (Norte de Minas). Carlos Pimenta também elogiou a gestão municipal e da Santa Casa no combate à epidemia de Covid-19. O deputado afirmou que, assim como outros municípios, Porteirinha vem assumindo compromissos que seriam de responsabilidade da União ou do Estado.

Renúncia – Ao final da reunião, o 1°-vice-presidente da ALMG, deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB), leu mensagem do deputado Guilherme da Cunha (Novo), informando sua renúncia à vice-liderança de Governo na Assembleia.

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