Penitenciária terá Centro de Referência no combate ao coronavírus

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Estado prepara duas áreas na Nelson Hungria para atender possível demanda; ainda não há casos de Covid-19 confirmados entre presos

Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) adotou mais uma medida de prevenção ao Covid-19 no ambiente prisional: duas áreas do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana, foram reformadas e serão transformadas em um Centro de Referência em Saúde no Combate ao Coronavírus. 

A medida do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) é de prevenção e objetiva deixar um espaço específico em condições de uso para atendimento de presos que possam ser contaminados com o coronavírus, evitando sobrecarga no sistema de saúde tradicional.

Capacidade

A enfermaria do complexo penitenciário tem capacidade para 25 detentos e terá a obra de adaptação finalizada na quarta-feira (8/4). Já o Centro de Observação Criminológica (COC) da unidade possui 71 camas e funcionará como uma extensão da enfermaria. 

Este espaço foi totalmente revitalizado e concluído no sábado (4/4).  Todas as obras foram realizadas com a mão-de-obra de 25 presos, materiais da Sejusp e doados por empresários de Contagem.

O diretor-geral do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, Rodrigo Malaquias, explica que a reforma do COC – já finalizada –  foi executada em apenas quatro dias, em dois turnos de trabalho de seis horas cada. 

Enquanto durar a pandemia do Covid-19, o Centro de Observação Criminológica (COC) deixará de ser local de encaminhamento de detentos recém-chegados na Nelson Hungria para se tornar um anexo à enfermaria.  “As 71 vagas do COC funcionarão como uma extensão da enfermaria e vão trazer mais segurança para o Sistema Prisional”. 

Outras medidas

Uma série de medidas foram tomadas pela Sejusp para evitar a disseminação do vírus no ambiente prisional. Entre elas, as visitas foram suspensas com o objetivo de diminuir  a circulação de pessoas externas. 

Também tem ficado a cargo das unidades prisionais, e não de terceiros, a entrega de kits suplementares contendo alimentos e ou remédios, entre outros itens. Neste caso, o objetivo é evitar a circulação de materiais contaminados. 

Unidades de referência

Ao todo, 30 unidades de referência foram criadas no sistema prisional do estado. 

Durante a pandemia, as unidades de referência funcionarão como centros de triagem e porta de entrada para novos detentos do sistema prisional. Todas as pessoas que forem presas em Minas Gerais irão para uma unidade específica em cada região e ficarão por um período de 15 dias, em quarentena e observação. A medida visa evitar o contato com presos de outras unidades e a possibilidade de contágio. 

Assim, a Sejusp procura garantir que presos só serão encaminhados a novas unidades prisionais após o período de observação e de terem a saúde atestada.

Outra medida foi dilatar as escalas de trabalho de forma a diminuir a circulação de profissionais intra e extramuros. Também para prevenção, equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) estão sendo distribuídos nas estruturas prisionais. Além disso, qualquer preso que apresente algum sintoma gripal está sendo isolado dos demais e é testado para evitar a possível propagação do vírus no ambiente prisional.

Crédito (foto): Divulgação / Sejusp

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