Ensinaram-nos o medo que se estremece e esconde
Diante do sopro tempestuoso da vida,
Que ora afaga as folhagens das árvores com brandura,
Ora arranca e arrasta alguns galhos com veemência.
Colocaram-nos à frente do precipício da dúvida,
Que alimenta o temor da insegurança que existe em cada ser.
Trouxeram para morar conosco a comparação
E ela segura de si trouxe a competição,
Que em vez de unir celebra e se diverte com a desunião.
Apresentaram-nos o significado de dissimulação…
Depois disso, a intriga sempre a espiar,
Vem nos questionar se existe alguém,
A quem se possa confiar.
Atrevida e mexeriqueira nos desafia a encontrar
Um amigo sincero a quem se possa revelar
Que por trás da máscara que disfarça
Existe um rosto e uma história adormecida,
Pronta para ser compartilhada,
A quem genuinamente se interessar.
No entanto, se esqueceram de dizer,
Que à beira do abismo o coração bate mais forte
E entre ventos fortes, chuvas e trovoadas,
Nasce uma linda e delicada flor,
Com folhas verde-musgo e pétalas azuis.
Alguns a chamam de coragem por sua força tão sutil.
Outros acreditam que seu nome é esperança,
Por habitar um lugar tão sofrido e permanecer intacta.
Mas, há aqueles que a veem como algo maior,
Como um símbolo de inspiração que revela
Que mais importante que chegar ao pódio
E fazer parte de um jogo individualista
É vencer a si mesmo a cada dia,
Se tornando melhor do que uma simples peça de um jogo.
Por isso, acreditam que o nome da flor que nasce à beira do abismo,
E que sem nenhuma dúvida é capaz de unir em seu tom,
Coragem, esperança e fé,
Só pode ser chamada de amor!
Mas, qual é o nome de sua flor?
por, Adriana Cristina de Araújo & Érica Aparecida Araújo