BRASIL
Ontem, o ex-governador do Rio de Janeiro, que sofreu impeachment no final de abril, depôs à CPI da COVID-19. Vamos daquele jeito: só o que teve de mais relevante — e as conclusões ficam por vossa conta. risos.
O governo federal na pandemia: Ele afirmou que o nível de cooperação do governo aos estados no combate à pandemia foi quase zero e que o presidente Jair Bolsonaro deixou os governadores à mercê da desgraça que viria.
Witzel ainda disse que o único responsável pelas mortes por coronavírus tem ‘nome, endereço e tem que ser responsabilizado’ por isso.
O caso Marielle Franco: Ele afirmou que passou a ser perseguido por ter mandado investigar sem parcialidade o caso Marielle, completando que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao acusá-lo de manipular a Polícia do RJ.
Mas o que isso tem a ver com pandemia? Segundo a argumentação de Witzel, por ele não ter atuado diante do caso Marielle como Bolsonaro queria, o presidente cortou a relação entre os dois, o que teria afetado ainda mais o acesso do estado do Rio à ajuda do governo federal na pandemia.
Em outro momento, o senador Flávio Bolsonaro — que não faz parte da Comissão, mas estava como convidado — trocou algumas farpas com Witzel, falando que faz questão de ‘desmascarar a falsa narrativa criada’.
O ponto alto: prestes a ser questionado sobre os valores pagos na compra de respiradores, Witzel se retirou da sessão, fazendo uso do habeas corpus concedido a ele pelo STF.
O ex-governador agradeceu a oportunidade, disse ter certeza de que tem muito a contribuir futuramente e explicou que decidiu se retirar porque a sessão não estava mais sendo conduzida de forma civilizada.
A expectativa é que ele seja ouvido mais uma vez. Nessa sexta-feira, os integrantes vão votar se será uma sessão privada — de portas fechadas — ou não.
Fonte: the news 📬
Foto: (Foto: Agência Senado | Reprodução)