Você sabe o que é cafeicultura regenerativa?

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Técnica promove a regeneração do ambiente produtivo, proporcionando maior biodiversidade; aprenda como utilizar suas práticas

Por Redação

A cafeicultura regenerativa é a utilização de práticas que promovem a regeneração do ambiente produtivo. Proporcionando, assim, maior biodiversidade de macro e micro-organismos. Além de um ambiente mais equilibrado e mais parecido com o ambiente original de floresta.

Nesse sentido, a Cooxupé preparou um vídeo para explicar aos seus cooperados o que é essa prática e como utilizar em seu cafeeiro.

Cafeicultura regenerativa

De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, Eduardo Renê da Cruz, existem quatro principais pilares da cafeicultura regenerativa. São elas: uso de cultivares resistentes (a nematoides e a ferrugem, por exemplo), utilização de material orgânico. Além do plantio de plantas de cobertura e o controle biológico.

Cultivares resistentes

Atualmente, segundo Eduardo Renê, temos diversas cultivares muito produtivas que são resistentes à ferrugem ou nematoides. Ou a ambas as pragas ou doenças. Como, por exemplo, o Arara, o Paraíso 2 e o IPR 100. Sobretudo, são cultivares que apresentam produtividades ou qualidades iguais ou superior ao Catuaí.

“O uso de cultivares resistentes às pragas, doenças ou nematoides vai permitir que seja produzido um café que tenha boa produtividade com menor uso de defensivos químicos. Para se tornar uma agricultura menos dependente de defensivos químicos”, explica o coordenador.

Plantas de cobertura

Desde já, outra prática recomendada na cafeicultura regenerativa é o uso de plantas de cobertura. Ou seja, é a utilização de mix de plantas específicas, com funções específicas, que vão contribuir para um melhor manejo de solo.

“Como, por exemplo, nabo forrageiro, brachiaria ruziziensis, feijão guandu, crotalarias, trigo mourisco e milheto. São diversas plantas que têm funções específicas na lavoura. Como descompactação, fixação de nitrogênio, controle de nematoide. E todas elas vão contribuir para uma maior proteção do solo. Além de maior produção de biomassa que vai proteger o solo contra erosão e vai fornecer matéria orgânica para a lavoura”, detalha Eduardo Renê.

Proteção do solo

Ademais, a função da planta de cobertura é fornecer biomassa para proteger o solo contra erosão; bem como matéria orgânica, que vai servir de abrigo para contribuir a uma maior biodiversidade do solo. “Além de contribuir para maior desenvolvimento dos micro-organismos nessa lavoura”, ressalta o coordenador.

De antemão, outro benefício é a supressão das plantas daninhas. “Em solo que está com as plantas de cobertura bem formadas, a planta daninha tem mais dificuldade para crescer”, avisa o especialista.

Em suma, Eduardo Renê ainda informa que, na cafeicultura regenerativa, o ideal é usar preferencialmente a roçadeira ecológica no manejo regenerativo da entrelinha.

Uso de material orgânico

Por outro lado, o uso de material orgânico também vai contribuir muito para a melhoria da matéria orgânica do solo. E, ainda, vai torná-lo com maior capacidade de retenção de umidade, e isso torna a lavoura mais tolerante à seca.

De acordo com Eduardo Renê, esse material orgânico pode ser palha de café, esterco de animais. Ou até cama de compost barn e fertilizantes organominerais.

Uso de defensivos biológicos

E, por fim, vem o uso de defensivos biológicos na cafeicultura regenerativa. Também conhecidos como bioinsumos, são produtos à base de fungos e bactérias, principalmente. Eles fazem o manejo de nematoides, doenças do café, broca, bicho mineiro, entre outros.

“São produtos menos agressivos ao ambiente e aos inimigos naturais. E que também vão tornar a lavoura menos dependente do uso de defensivos químicos”, complementa o coordenador.

Benefícios

Em conclusão, a cafeicultura regenerativa é baseada nessas quatro principais práticas, que vão contribuir para maior fixação de nitrogênio e menor emissão de carbono para a atmosfera.

“Ainda vai promover a melhoria da saúde do solo. E, por isso, a lavoura vai ser muito mais resiliente, tendo mais capacidade de superar as adversidades climáticas que a gente vem passando”, finaliza o especialista da cooperativa.

Saiba mais sobre a cafeicultura regenerativa no vídeo do Cooxupé em Foco.

Extraído do hub do café

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