Cada vez mais no mercado de café se fala em um consumidor exigente, buscando não só por qualidade, mas também por sustentabilidade. Durante todo o ano de 2022, as lideranças cafeeiras de todo Brasil afirmaram que a sustentabilidade para o café não se trata apenas de um requisito, mas sim uma obrigatoriedade para garantir espaço no mercado, com valores interessantes ao produtor e até mesmo a abertura de novas parcerias comerciais.
No campo, os produtores estão cada vez mais atentos à essas exigências e cada vez mais buscam por certificações que comprovem as boas práticas adotadas na fazenda. Para quem virou a “chave”, pouco a pouco, as boas oportunidades aparecem no mercado.
Colhendo os frutos de uma mudança que começou em 2016, Paula e Marcelo Urtado, da Fazenda Três Meninas, localizada no Cerrado Mineiro, conquistaram recentemente o paladar de um importador da Grécia, que mais do que buscando qualidade chegou na fazenda procurando por “sustentabilidade real”.
Desde 2016 o casal trabalha com sustentabilidade aplicada em todas as pontas da fazenda. Segundo Paula, o comprador em questão se trata de um jurado internacional do Cup of Excellence, que chegou até a Fazenda justamente por ouvir falar das boas práticas adotadas por lá. “Ele ouviu falar da gente, gostou do projeto e quis provar o café. Esse café estava na Expocaccer, e a Sandra Moraes (trader especial da cooperativa) organizou a prova, ele gostou do café e quis visitar a fazenda”, comenta Paula.
Colhendo os frutos de uma mudança que começou em 2016, Paula e Marcelo Urtado, da Fazenda Três Meninas, localizada no Cerrado Mineiro, conquistaram recentemente o paladar de um importador da Grécia, que mais do que buscando qualidade chegou na fazenda procurando por “sustentabilidade real”.
Desde 2016 o casal trabalha com sustentabilidade aplicada em todas as pontas da fazenda. Segundo Paula, o comprador em questão se trata de um jurado internacional do Cup of Excellence, que chegou até a Fazenda justamente por ouvir falar das boas práticas adotadas por lá. “Ele ouviu falar da gente, gostou do projeto e quis provar o café. Esse café estava na Expocaccer, e a Sandra Moraes (trader especial da cooperativa) organizou a prova, ele gostou do café e quis visitar a fazenda”, comenta Paula.
Como o casal estava em São Paulo, a trader de cafés especiais da Expocaccer foi até a fazenda por chamada de vídeo explicou cada passo da produção na Fazenda Três Meninas. “Ele é um jurado internacional, está acostumado com grandes cafés e ele se empolgou com a gente por causa da sustentabilidade. O grande diferencial é o retorno comercial de uma ação como nossa, da sustentabilidade. Que isso já está pondo na mesa essas escolhas por esse café, ele ficou impressionado pela sustentabilidade além da qualidade”, comenta.
A negociação denominada como “single origin”, foi intermediada pela Expocaccer, através da negociação da trader Sandra Moraes. O negócio foi fechado em sete sacas de café com pontuação de 88,25. Para Marcelo, mais do que ter uma fazenda sustentável e que está deixando um legado para filhas, as boas práticas também se refletem em qualidade na xícara. “É um reconhecimento de que estamos no caminho certo e principalmente que todo trabalho da sustentabilidade, busca do equilíbrio está interferindo fortemente no sabor do café, na xícara. Une duas coisas muito importantes. Um juri do Cup of Excellence gostando do nosso café é um reconhecimento muito importante”, finaliza.
OPORTUNIDADE DE MERCADO
Sandra Moraes explica que o mercado na Grécia é importante para os produtores do Cerrado Mineiro, já que a cooperativa já cultiva bons negócios por lá. Segundo a trader, a vinda dos jurados internacionais abriram um novo leque de oportunidades, mas de uma aproximação orgânica. “Eles tinham informações do que a Fazenda Três Meninas estava fazendo e associaram essa novidade à qualidade do café. Os produtores foram apresentados durante a semana do Cop of Excellence e tivemos a oportunidade de levá-los até a Fazenda. A visita foi essencial para que houvesse a consolidação desse negócio”, afirma.
Comenta ainda que a qualidade do café foi a grande porta de entrada, mas as boas práticas foram fundamentais para fechar negócio. “Eles puderam ver com os próprios olhos o manejo que é feito na fazenda, toda a cultura que foi implementada e que se tornou uma filosofia para esses produtores. E por esses dois motivos, fecharam esse negócio com alto valor agregado, reconhecendo substancialmente o produtor não só pela qualidade, mas também pelo tipo de produção”, comenta. Destacando ainda a cafeicultura regenerativa e orgânica.
A escolha pelo frete aéreo também chamou atenção da trader, já que ele custa mais caro e tradicionalmente os cafés do Brasil são enviados via frete marítimo ao exterior. “Ficou bem caro e isso não foi um ponto que trouxe dificuldades. Então agora estamos trabalhando esse pós venda, para aumentar esse volume e consolidar ele como nosso cliente. Nosso trabalho é aproximar o produtor desse comprador final, então esse negócio aconteceu de uma forma coletiva e de forma que toda a cadeia foi beneficiada”, acrescenta.
Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas