Conquista desse reconhecimento é resultado do trabalho desenvolvido pelos cafeicultores com o apoio do Sebrae Minas
Por Redação
O Sudoeste de Minas foi reconhecido como região produtora de café e recebeu a chancela de Indicação Geográfica (IG) na modalidade Indicação de Procedência (IP) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Ou seja, o território agora é o quinto do estado a ganhar uma IG, tendo o café como produto. Acima de tudo, a conquista é fruto de intenso trabalho desenvolvido pela Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas com o apoio do Sebrae Minas.
De acordo com os últimos levantamentos, a região responde por 10% da produção de café em todo o estado. Assim, são cerca de 156 mil toneladas de grãos produzidos anualmente em 21 municípios. São eles: Arceburgo, Alpinópolis, Alterosa, Bom Jesus da Penha, Botelhos, Cabo Verde. E, ainda, Carmo do Rio Claro, Conceição de Aparecida, Fortaleza de Minas, Guaranésia, Guaxupé. Além de Itamogi, Jacuí, Juruaia, Monte Belo, Monte Santo de Minas, Muzambinho. Por fim, Nova Resende, Passos, São Pedro da União e São Sebastião do Paraíso.
Sudoeste de Minas
Em primeiro lugar, o sabor doce com notas de caramelo, chocolate e nozes, além da acidez cítrica e corpo denso com finalização prolongada, são as principais características do café produzido na região. E cultivado em altitudes que variam entre 700 e 1.250 metros, com temperaturas anuais entre 5°C e 28°C. E pluviosidade média de 1.350 mm, que favorece o desenvolvimento da cafeicultura de alta qualidade.
Sobretudo, essas características do café aliadas aos fatores ambientais e o modo de produção foram essenciais para o reconhecimento da região pelo INPI com a IG. Nesse sentido, é um marco para a valorização do produto e a possibilidade de expansão para novos mercados.
“Agora, os cafés produzidos na região poderão ser comercializados com a garantia de origem. Proporcionando aos consumidores, a experiência única de saborear um produto genuíno e especial. Essa valorização é uma recompensa justa aos esforços diários dos produtores, que sempre buscam elevar os padrões de qualidade do café da região”, afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
Trabalho em conjunto
Há três anos, pois, o Sebrae Minas tem realizado um trabalho em conjunto com a associação dos cafeicultores da região. Entre as ações, dessa forma, está a realização de um diagnóstico de avaliação do potencial de Indicação Geográfica (IG). Ou seja, um instrumento legal que assegura a exclusividade do uso do nome geográfico por produtores e empresas do território.
Em suma, foi após esse levantamento, em julho de 2022, que a associação dos cafeicultores solicitou ao INPI o reconhecimento da região Sudoeste de Minas, com o objetivo de diferenciar e gerar maior valorização do café produzido na região.
Reconhecimento
Do mesmo modo, o presidente da Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, Fernando Barbosa, destaca a importância desse reconhecimento e as vantagens para a região.
“A conquista da IG é um passo importante, pois nos dá condições de alcançar novos mercados para que o mundo enxergue nossa região como produtora de um café diferenciado, além de mostrar um nivelamento da qualidade dos nossos produtos. Essa chancela vai garantir a proteção do nome geográfico, a promoção do território e o controle dos processos de produção, tornando a região legítima e mais valorizada”, afirma Barbosa.
Atualmente, o Brasil tem 104 Indicações Geográficas registradas. Em outras palavras, a maioria é de pequenos negócios no segmento do agronegócio. No caso do café, entretanto, são 14 IGs reconhecidas. Dessas, seis são de Minas Gerais: Região do Cerrado Mineiro (Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO). Além da Região das Matas de Minas (IP), Mantiqueira de Minas (DO), Campo das Vertentes (IP). E, agora, Sudoeste de Minas (IP).
Extraído do hub do café