Empresa controlada pela Cooxupé nasceu para atender demandas do mercado de cafés finos e segue ampliando horizontes para cooperados
Com o objetivo de fomentar a produção de cafés especiais junto aos cooperados e a exportação deste produto diferenciado, a Cooxupé inaugurou em 31 de julho de 2009 a, então, SMC – Comercial e Exportadora de Café S/A, no bairro Bortolan, em Poços de Caldas/MG. Em 2019, denominada SMC Specialty Coffees, a empresa – situada em Guaxupé – comemora seus 10 anos de atividades no fornecimento e comercialização de cafés especiais, finos e certificados, trazendo sempre novas oportunidades e valor agregado ao café dos cooperados.
De 2010 a 2018, a SMC foi responsável pela exportação de 1.350.753 sacas de cafés especiais, ou seja, acima de 80 pontos, de acordo com a metodologia SCA (Specialty Coffee Association). O volume total comercializado é de 1.753.016 sacas no referido período. Coreia do Sul, Japão, Alemanha e Reino Unido são os principais países compradores.
O vice-presidente da Cooxupé, Osvaldo Bachião Filho, explica que o mercado de cafés especiais tem demandado cada vez mais produtos diferenciados, de alto padrão de qualidade e com garantia de sustentabilidade e rastreabilidade. Com isso, abrem-se também ótimas oportunidades aos cooperados para conquistarem maior valor agregado ao seu produto. Na questão financeira, por exemplo, a qualidade do café produzido pode fazer com que o produtor ganhe de 10% a 100% a mais numa saca de café especial comparada ao café de commodities. “A SMC quer cada vez mais motivar o cooperado a fazer café de alta qualidade com consistência e que possa ser oferecido a um mercado de alta exigência. Nosso objetivo nos próximos anos é aumentar o volume de cafés dentro do Especialíssimo, nosso programa de cafés especiais com a Cooxupé, e torná-lo cada vez mais conhecido, expandindo para novos mercados. A questão da abertura de novas cafeterias no mundo todo é também um fator que nos traz ânimo em nossas perspectivas”, afirma Bachião Filho.
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A produção de um café especial envolve…
Osvaldo explica que uma boa gerência nos custos da propriedade e boa produtividade fazem parte do ciclo para a produção de um café especial. Os cuidados no pós-colheita também são fundamentais, envolvendo, por exemplo, a limpeza dos terreiros. “Claro que há outras medidas que o produtor precisa estar atento para conseguir produzir este tipo de café, mas a fase pós-colheita é de extrema relevância. Nossos profissionais técnicos estão disponíveis aos nossos cooperados para esclarecer dúvidas e orientá-los sempre em relação à oportunidade de produzir um café com qualidade diferenciada. O café especial agrega valor como um todo na produção, além de potencializar o resultado econômico do produtor”, afirma.
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Mudanças
Em novembro de 2017, a SMC passou a utilizar uma nova identidade de marca, logotipo e um novo nome fantasia: a então SMC – Comercial e Exportadora de Café S/A se tornou SMC – Specialty Coffees.
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Programa Especialíssimo
De olho na qualidade do café dos cooperados e destinado a cafés especiais, o programa Especialíssimo foi lançado em abril pela Cooxupé, avaliando os cafés da safra deste ano acima de 83 pontos. Os cafés escolhidos concorrem a uma premiação em dinheiro (que soma R$ 190 mil), além de fazer parte do blend do Café Safra Especial 2019, produzido pela Torrefação Cooxupé. No total, 50 lotes que apresentarem maior pontuação serão selecionados, sendo 35 da categoria Natural e 15 da categoria de Cereja Descascado.
Entre os critérios de participação no programa estão: ser cooperado da Cooxupé e ter depositado café na cooperativa ou na SMC – Specialty Coffes até o dia 21 de setembro deste ano. Boas práticas de produção e participação no questionário de sustentabilidade também são pontos considerados.
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O cenário dos cafés especiais
Em 2018, o Brasil produziu aproximadamente 10 milhões de sacas, das quais 9 milhões foram exportadas. O consumo interno absorveu 1 mi.
Já em 2019, ano de safra menor e com o impacto das adversidades climáticas, a produção deve ser levemente superior a 10 milhões de sacas, sendo 1,2 mi para o consumo interno e 9 milhões para as exportações. Os dados são da BSCA – Associação Brasileira de Cafés Especiais.