Setembro Amarelo: médico psiquiatra Viktor Emil Frankl ajudou a salvar vidas em período sombrio da Europa

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Um dos objetivos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, é a preservação da dignidade humana em sua totalidade. “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal” é uma afirmação que passou a evidenciar e a respeitar o valor de todos os seres humanos.

“A preservação da dignidade humana em sua totalidade” abrange, também, a prevenção ao suicídio. Tema controverso e muitas vezes envolto em tabus, o suicídio, infelizmente, é visto como uma ação de ‘último recurso’ por uma pessoa que se encontra em um momento de grande sofrimento. A dor e o vazio são tão grandes que dar um fim à vida passa a ser visto como o único caminho para aliviar o sofrimento.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, a cada ano, 800 mil pessoas tiram a própria vida em todo o mundo, e é a segunda causa de mortalidade entre as pessoas de 15 a 29 anos. Números assustadores que mostram a vulnerabilidade das pessoas.

Viktor Emil Frankl e o suicídio

O austríaco Viktor Emil Frankl, médico psiquiatra e professor da Universidade de Viena, desenvolveu a Logoterapia, abordagem psicoterapêutica fundamentada empiricamente no sentido da vida. Quando ainda estudante de medicina, em 1927, organizou centros de aconselhamento para jovens – primeiro em Viena e depois em outras cidades europeias – como resposta ao elevado número de suicídio nessa época.

Com a ajuda de outros conselheiros voluntários, os centros se tornaram – gratuitamente – um ponto de ajuda psíquica.  Na obra “O que não está escrito em meus livros”, Frankl relata que, em 1930, organizou pela primeira vez um atendimento diferencial na época da distribuição dos boletins, fato que possibilitou verificar o não registro de suicídio entre os alunos. A partir desse resultado positivo, diferentes países se interessaram pelo trabalho desenvolvido pelo psicoterapeuta.

Muitos podem ser perguntar: como foi possível que esse trabalho de Frankl pudesse diminuir a taxa de suicídios a zero? O médico psiquiatra colocou em prática a sua linha de pensamento: ajudar os jovens a descobrirem o sentido da vida. De que forma? Ajudando-os a criar um trabalho ou praticar um ato; a experimentar algo ou encontrar alguém; e mudar de atitude em relação ao sofrimento inevitável.

“Estas são as formas basilares do pensamento logoterapêutico e sua aplicação já permitiu ajudar muitas pessoas e é possível constatar sua validade a partir de inúmeros relatos sempre presentes nos livros de logoterapia”, explica Sebastião Ferreira, psicólogo clínico e membro da Diretoria da Associação Brasileira de Logoterapia e Análise Existencial (ABLAE).

Ferreira explica que “em meio a uma sociedade carente de valores e de perspectivas, onde as oportunidades e motivações não correspondem aos anseios profundos dos jovens, uma proposta logoterapêutica se apresenta como uma possibilidade de ressignificação e de sentido para a vida da juventude”.

XI CBLAE

O assunto será tema de minicurso do XI Congresso Brasileiro de Logoterapia e Análise Existencial, com o tópico “Contribuições da Logoterapia para o Manejo de Pacientes em Risco de Suicídio”. Muitos outros temas serão abordados durante o XI CBLAE, evento aberto para associados ABLAE, a profissionais da psicologia e psiquiatria, das áreas da saúde e da educação, professores e universitários, e simpatizantes da Logoterapia. Para mais informações sobre o XI CBLAE, inscrições e programação do evento, basta entrar no site www.congressoablae.com.br.  

Serviço

Evento: XI Congresso Brasileiro de Logoterapia e Análise Existencial – XI CBLAE

Data: 7, 8 e 9 de outubro

Como: Online

Inscrições: até 26 de setembro

Informações, programação e inscrições: www.congressoablae.com.br

Fonte: Eliana Sonja – Sakey Comunicação

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