Os servidores da educação pedem aumento na proposta de recomposição salarial da categoria; professores e funcionários da UEMG estão em greve
Por Mariana Cavalcanti
Servidores da educação estadual fecharam no fim da manhã desta quarta-feira (8), uma faixa da rua Rodrigues Caldas, em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na região Centro Sul de Belo Horizonte. Os professores e funcionários reivindicam a recomposição salarial da categoria e se manifestam contra a proposta do governo estadual de aumentar a contribuição previdenciária.
O protesto começou às 10h da manhã, com concentração na Praça da Assembleia, e reuniu cerca de 5 mil pessoas, entre elas servidores da educação, saúde, segurança e funcionários concursados da Cemig e Copasa, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais. Pouco depois, os manifestantes seguiram para a rua segurando faixas contra o governo estadual e gritando palavras de ordem, como “fora Zema”.
“Foi um dia estadual de luta por salário e por condições de trabalho e contra o desmonte do nosso Ipsemg, que é o Instituto de Previdência dos Servidores, que o governo enviou leis para aumentar a contribuição dos servidores para assistência médica e odontológica. Nós temos perspectivas de mais paralisações totais do funcionalismo público estadual e, no caso da educação, nós temos uma assembleia com indicativo de greve para o dia 29 de maio”, contou Denise Romano, diretora do SindiUTE.
A principal crítica dos servidores é o projeto de lei enviado pelo governo aos deputados, que prevê o reajuste de 3,62% do salário de todos os servidores. O percentual é visto como “irrisório” pela categoria, já que a inflação do ano passado, pelo IPCA, foi de 4,62%.
Professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), que estão em greve desde a última quinta-feira (2), também participaram do protesto. Além da recomposição salarial, eles pedem alteração no regime de trabalho e divulgação de um cronograma de concursos.
O transito na região, segundo informações da BHTrans, voltou ao normal no início da tarde.
Extraído do Jornal O TEMPO