Nesta quarta-feira (6), a ANVISA decidiu manter a proibição
da venda de cigarros eletrônicos no Brasil. A agência ainda indicou a adoção de
medidas para coibir o comércio irregular dos produtos, que são encontrados
facilmente no comércio popular.
No Brasil, o tabaco é responsável por cerca de 162 mil mortes anualmente. O
número elevado tem preocupado especialistas, porque o uso do cigarro eletrônico
tem aumentado exponencialmente nos últimos anos, especialmente entre os mais
jovens. De acordo com o INCA, o cigarro eletrônico aumenta em mais de três
vezes o risco de experimentação de cigarro convencional e mais de quatro vezes
o risco de uso do cigarro. Além disso, o vapor desses dispositivos inclui
carcinógenos conhecidos e substâncias citotóxicas, potencialmente causadoras de
doenças pulmonares e cardiovasculares.
Dentre as doenças relacionadas ao tabaco, destaca-se o
câncer de pulmão, que é o segundo tipo de câncer mais comum em nosso País,
responsável por 13% de todos os diagnósticos de doenças oncológicas. Embora
existam casos em que o câncer de pulmão não tem relação com o tabaco, 85% de
todos os diagnósticos estão associados aos uso do cigarro, segundo dados do
INCA.
A boa notícia é que com os avanços da medicina, já existem terapias avançadas, como a imunoterapia, capazes de melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Porém, o sucesso do tratamento está atrelado ao diagnóstico precoce e, por isso, é essencial procurar ajuda médica aos notar os primeiros sintomas da doença, que podem ser confundidos com uma gripe forte, pois incluem tosse persistente por mais de seis meses, dor no peito, rouquidão, pneumonia recorrente ou bronquite e cansaço.
Fonte: Bruno Escudero – dna Communications bescudero@webershandwick.com.br
Foto: O Globo