Na cidade de Andradas, em Minas Gerais, o conhecimento sobre o solo tem impulsionado novos sabores e também outros mercados
Em solo mineiro, o café é destaque, líder na produção nacional e internacional. De antemão, em Andradas, no Sul do estado, a busca pelo conhecimento sobre os solos vulcânicos que permeiam a região impulsiona os produtores a explorarem novos sabores. Desde já, é o que mostra uma reportagem do programa EP Agro, da EPTV.
“É um novo nicho de mercado. São cafés diferentes, o mercado está procurando esses cafés mais encorpados, com sabor mais exótico. Está tendo boa aceitação no mercado. A gente consegue agregar valor em cima disso”, conta Éder Mascarenho, vice-presidente da Associação dos Cafeicultores do Bairro Gabirobal (Acafeg).
Solos vulcânicos
A princípio, essa busca incessante por conhecimento resulta em uma mudança de foco na produção. Agregando, assim, mais valor ao café colhido nos solos vulcânicos.
A descoberta de solos mais produtivos e ricos para as plantas não apenas abrem novos mercados. Além disso, redefinem a identidade dos produtores.
“Agora, a gente tem um centro de origem de região vulcânica, então tem uma melhor valorização do nosso café. São diferenças de solo, de microclima, que vão gerar diferenças também na produção do café, na qualidade do grão. Então a gente diferencia essa produção tendo grãos diferenciados, com uma qualidade mais elevada”, afirma a produtora Tamires Ribeiro.
Qualidade do café
Antes de mais nada, Bruno Pereira, supervisor de Indústria, Comércio, Agricultura e Pecuária de Andradas, detalha a diferença fundamental desse solo. E, ainda, como ele impacta positivamente na qualidade dos cafés.
“Quando você fala em solo vulcânico, você está pensando em uma região mais rica em minerais. Isso faz com que a característica da produção, o terroir, como é conhecido, seja diferente e único. Mesmo que cada região tenha a sua peculiaridade. O café da região vulcânica é mais encorpado, mais marcante. E isso por conta das características do solo que a gente tem nesta região”, explica.
Nutrientes
Ademais, o produtor rural Sebastião Donizete Benevente ressalta que esse tipo de solo tem mais nutrientes.
“A região de Minas Gerais, por si só, é muito boa para a produção de cafés. Porém, a região vulcânica daqui agrega um valor a mais com o diferencial dos solos vulcânicos, principalmente para o pequeno produtor”, define Sebastião, que é também presidente da Acafeg.
Em suma, a entidade foi criada com a finalidade para difundir conhecimento sobre os solos vulcânicos entre os produtores rurais. Principalmente aqueles da agricultura familiar. Dessa forma, a associação ajuda agricultores a conquistarem o certificado Fairtrade, que visa promover um comércio justo.
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Crédito foto: Reprodução/EPTV
POR: hubdocafe
