A safra de café arábica do Brasil está na reta final na principal área de produção do país. De acordo com dados divulgados na manhã desta quarta-feira (31) pela Cooperativa Cooxupé, a colheita estava nem 91,01% até o último dia 26 de agosto.
Por área, em São Paulo a colheita estava em 83,32%, Cerrado Mineiro em 89,27% e Sul de Minas Gerais com 92,87%. Após registrar atraso no início da colheita, o andamento da safra agora está semelhante ao observado neste mesmo período no ano passado, quando 90,59% da área já estava colhida.
A cooperativa ainda não divulgou os números de recebimento, mas reconhece que a produção de 2022 é menor do que o previsto anteriormente pelo setor. Do lado positivo, o clima vem ajudando no processo de pós-colheita e a expectativa é de cafés com qualidade acima da média na produção deste ano.
Atualmente a Cooxupé tem mais de 17 mil cooperados e tem na exportação sua principal atividade. Há alguns anos é líder brasileira nas exportações de café, de acordo com dados do Conselhos dos Exportadores de Café do Brasil.
Em 2021, os embarques para os mercados interno e externo somaram 6,027 milhões de sacas. Das quais 4,9 milhões foram destinadas para o mercado internacional, englobando mais de 50 países em cinco continentes.
Mercado
Já com relação ao mercado, as atenções se voltam agora para o retorno da estação chuvosa no parque cafeeiro. Alguns dos principais municípios produtores já têm déficit hídrico, o que gera muita preocupação entre os cafeicultores.
Na última semana as cotações avançaram mais de 11% na Bolsa de Nova York (ICE Future US), e nos últimos três dias estão sendo observados movimentos técnicos e de ajustes na formação de preço no mercado futuro.
De acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, os
fundamentos seguem sólidos para preços firmes, mas o produtor segue
participando menos do mercado, à medida que precisa fazer caixa.
Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas
Foto: G1 Globo
