Dados são referentes aos nove primeiros meses de 2019, na comparação com igual período do ano passado
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) divulgou, nesta terça-feira (15/10), os resultados alcançados de forma integrada pelas forças de Segurança na redução da violência, nos nove primeiros meses do ano, para 12 crimes monitorados pelo Observatório de Segurança Pública.
Estão disponíveis os índices de homicídio tentado e consumado, roubo, estupro e estupro de vulnerável tentado e consumado, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, além de furto, extorsão e lesão corporal em todos os 853 municípios do estado. Os dados estão disponíveis na página da Sejusp (www.seguranca.mg.gov.br), no links Integração > Estatísticas > Estatísticas Criminais.
Chama a atenção a diminuição do número de roubos, que chega a quase 30%, com 17.349 registros de ocorrências a menos entre janeiro e setembro deste ano, frente ao mesmo período de 2018. Na prática, isso significa 48 roubos a menos no estado por dia, nos nove primeiros meses de 2019.
Vale ressaltar que as ocorrências envolvendo todos os alvos deste tipo de crime também estão em queda no estado, com destaque para a redução do número de roubo de veículos e de cargas. A partir deste ano, também passaram a ser divulgados, pela Secretaria de Segurança, de forma transparente na internet, a estratificação dos tipos de roubos.
Indicador internacional de violência, o número de vítimas de homicídio
também diminuiu 14,7% em Minas. Foram 1.963 vítimas, de janeiro a setembro de
2019, contra 2.302, no mesmo período do ano passado. No interior, 645
municípios – 75,6% do total – não registraram, mantiveram ou reduziram seus
índices dessa modalidade criminosa.
Mais integração
Para a Secretaria
de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), além da
continuidade de medidas bem-sucedidas implantadas em gestões anteriores, como a
disseminação de bases móveis e a política de priorização do policial na rua,
com redução do quadro administrativo, a melhor integração dos órgãos de
segurança pode explicar a queda nas estatísticas.
Na avaliação do secretário de Segurança e Justiça, general Mario Araujo,
“há uma melhor integração e uma ação qualificada dos órgãos de segurança
pública” – Polícia Militar, Polícia Civil, sistemas prisional e socioeducativo -,
com o objetivo de inibir a reincidência criminal e realizar a efetiva custódia
da população carcerária. “Estamos trabalhando para garantir menor influência do
sistema prisional no ambiente extramuros”.
O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel
Giovanne Gomes da Silva, também credita a histórica redução da criminalidade,
principalmente em relação aos crimes violentos e homicídios, à integração dos
órgãos de Segurança Pública, ressaltando ainda a atuação da Polícia Militar de
forma mais ostensiva nas ruas das cidades mineiras.
“Por meio do Programa Minas Segura, a Polícia Militar estabeleceu uma política
de maior visibilidade do aparato policial em todos os 853 municípios do estado,
realizando operações pontuais e, também, uma política onde as viaturas são
postadas em locais e horários específicos, após uma eficiente análise criminal
e com critérios científicos”, disse.
O comandante forneceu ainda números de produtividade da corporação. “A PM
realizou, nos primeiros nove meses deste ano de 2019, o total de 1,6 mil
operações policiais, 7,5 mil abordagens de veículos, 11.115 prisões de autores
de crimes violentos e apreensão de 17.900 armas de fogo”.
Já o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais,
delegado-geral Wagner Pinto, avalia que a queda sustentável dos índices de
criminalidade reflete o esforço concentrado das instituições de Segurança.
“A cooperação entre as forças de Segurança tem feito toda a diferença na
redução dos índices de crimes violentos. No âmbito da Polícia Civil, destaco o
trabalho qualificado de investigação que tem resultado nas várias operações de
cumprimentos de mandados, retirando o criminoso da sociedade. Tudo isso é
resultado de um esforço que busca a cooperação e integração”, ressaltou.Crédito (foto): Gil Leonardi/Imprensa MG