Número de produtores interessados em cafés diferenciados vem aumentando. Retorno com grãos especiais é maior.
O cafezal de Tamis Lustre fica em Garça (SP) e há um ano ele começou a investir em grãos diferenciados. Os pés de café mais docinho são escolhidos. A colheita é feita de forma manual ou mecanizada, dependendo do terreno onde está a lavoura.
A expectativa nesta safra é colher 10 toneladas, a mesma produção do ano passado. O produtor explica que o quilo do café verde, conforme a qualidade, é comercializado entre R$ 6 e R$ 8. Já o grão torrado, vendido em lotes como café especial, sai por, pelo menos, R$ 30 o quilo.
No ano passado, a região de Garça contava com 10 produtores de cafés especiais. Neste ano, já são 30 produtores. A maioria centralizou o beneficiamento em uma única fazenda da região. No local, o processo de lavagem e seleção dos grãos é rigoroso.
O agricultor Renato Sanches Leal espera vender nove toneladas, o dobro da safra anterior. Segundo ele, os cafés especiais têm o objetivo de conquistar o consumidor pela qualidade.
Luis Salluti é produtor e degustador de café há mais de 30 anos. Ele explica que o café especial tem uma doçura natural devido às características dos grãos colhidos. A bebida também é mais suave por conta da torra mais clara.
O município de Garça é um importante produtor de café há 110 anos. A região possui mais de 12 mil hectares de área plantada com cafezais. A safra estimada para este ano é de um milhão de sacas. O que significa 10 % a mais do que no ano passado. Os números são da Cati, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral.
Fonte: G1