Fruto de uma parceria entre Ministério da Justiça e grupo Meta, Alerta Amber também é utilizado no Ceará e no Distrito Federal
Minas Gerais é uma das três unidades da federação
que já possui o Alerta Amber, sistema que é ativado para casos graves de
desaparecimento de crianças e adolescentes.
O projeto é resultado da parceria entre o
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o grupo Meta (detentora do
Instagram e do Facebook).
“Quando registramos ocorrências de
desaparecimento de crianças e adolescentes em que há risco de lesão corporal ou
morte, comunicamos ao MJSP que, em seguida, notifica a Meta. Após análise da
empresa, as redes sociais Instagram e Facebook emitem alertas aos usuários com
a foto e informações sobre a pessoa desaparecida em um raio de abrangência de
160 quilômetros de distância do local da ocorrência”, explica a chefe da
Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD), delegada Ingrid Estevam.
A delegada ressalta ainda que os únicos
requisitos utilizados para a divulgação de um caso pelo Alerta Amber são a
faixa etária (crianças e adolescentes) e a gravidade do desaparecimento (risco
de lesão corporal e/ou morte).
“A divulgação pelo Amber Alert não é um serviço
pago e não tem relação alguma com condição socioeconômica. É, sim, um projeto
social, que vem somar esforços ao trabalho da PCMG na localização de crianças e
adolescentes”, enfatiza.
Além da Polícia
Civil de Minas Gerais (PCMG), integram o projeto
as polícias civis do Ceará e do Distrito Federal.
Eficiência nas investigações
Para a chefe da DRPD, o Alerta Amber, aliado às
ações de investigação da Polícia Civil, irá impactar significativamente na
celeridade dos trabalhos de localização de crianças e adolescentes
desaparecidos.
“A agilidade na divulgação, proporcionada pelo
Alerta Amber, complementa as investigações convencionais, agilizando a
mobilização da comunidade e aumentando as chances de uma localização
bem-sucedida. Essa ferramenta, aliada aos métodos tradicionais de investigação,
cria uma abordagem abrangente e eficiente na busca por crianças desaparecidas,
destacando-se como um recurso valioso para a segurança de crianças e
adolescentes”, exalta Ingrid.
Desaparecidos em Minas
De acordo com o “Diagnóstico de Pessoas
Desaparecidas e Localizadas nas Regiões Integradas de Segurança Pública de
Minas Gerais”, que abrange o período de 2020 a 2022, 25,11% das pessoas
desaparecidas são adolescentes, e 2,48% crianças. Entre as pessoas localizadas,
21,04% são adolescentes, e 1,50% crianças.
O que fazer em caso de desaparecimento de
pessoa?
1- Procure uma Delegacia de Polícia ou unidade
da Polícia Militar mais próxima
da sua residência para registrar o desaparecimento. Tenha em mãos seu documento
de identidade e foto recente e nítida da pessoa desaparecida
2- O registro do desaparecimento também pode ser
feito virtualmente por meio da Delegacia
Virtual
3- Apesar da carga emocional envolvida, é
fundamental manter a calma para que as informações sejam repassadas, de forma
clara e detalhada, para os policiais
4- O registro do desaparecimento deve ser feito
imediatamente após identificar a quebra da rotina da pessoa desaparecida. Não
aguarde 24 horas ou mais para procurar a polícia
Ponto focal do projeto
A Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida
(DRPD) é a unidade especializada da Polícia Civil de Minas Gerais dedicada a
investigar casos de desaparecimento ocorridos exclusivamente em Belo Horizonte,
além de apoiar investigações de casos de desaparecimento no interior.
A unidade está localizada na Avenida Brasil,
número 464, bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul da capital. O
atendimento presencial é realizado das 8h30 às 18h30.
No entanto, dentro do projeto Alerta Amber, a
DRPD é considerada o ponto focal em Minas Gerais. Assim, qualquer delegacia que
registre desaparecimento de criança ou adolescente, considerado grave, deve
comunicá-lo à Divisão, que irá acionar o MJSP para gerar o alerta.
Foto: PCMG / Divulgação