Plantas de cobertura melhoram produtividade e qualidade do café

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Técnica é utilizada nas entrelinhas do cafeeiro e proporciona diversos benefícios, como proteção do solo e melhoria na fertilidade

Por Redação

As plantas de cobertura nas entrelinhas do cafeeiro têm sido cada vez mais utilizadas pelos produtores em razão dos diversos benefícios desta prática. Afinal, a técnica melhora a produtividade e a qualidade do café. Entre suas vantagens estão: proteção do solo, melhoria na fertilidade, diminuição no trabalho com capina. Além da redução no uso de produtos químicos e aumento de inimigos naturais na área.

Portanto, a Cooxupé preparou um vídeo para explicar aos seus cooperados como usar as plantas de cobertura na lavoura cafeeira.

Plantas de cobertura

De acordo com o engenheiro agrônomo Gabriel Zimmermann, do Departamento Técnico da Cooxupé, as plantas de cobertura são uma prática sustentável. “É uma forma regenerativa de trabalhar as características do solo. Trazendo, assim, melhorias para a produtividade. E um auxílio para o desenvolvimento do sistema radicular da lavoura”, explica.

De antemão, o uso das culturas de cobertura, seja através de plantas solteiras ou do mix de plantas, tem se intensificado na cafeicultura. “Isso vem da necessidade de construir solos saudáveis, férteis e que suportem as altas produtividades. Contudo, se faz necessário o alinhamento de alguns atributos relacionados à química, à física e à biologia dos solos”, informa Lucas de Oliveira Ribeiro. Ele é coordenador técnico comercial da AG Croppers.

Nesse sentido, as plantas de cobertura sustentam quatro pilares importantes para o desempenho produtivo dos solos. Segundo Ribeiro, isso se dá através do aumento da matéria orgânica, da cobertura permanente dos solos. E, ainda, da produção de raízes em suas superfícies e através do aumento da biologia dos solos.

“A junção desses fatores nos garante um solo equilibrado, bem estruturado, mais resiliente. Também capaz de suportar intempéries climáticas e entregando ao cafeicultor uma maior estabilidade em sua produção”, completa.

Plantio e manejo

Com relação à plantabilidade, pois, é preciso se atentar a três pilares importantes. Isto é, o preparo da área para receber a semente, um bom equipamento para semeá-la e a dosagem correta de sementes por hectare.

Por outro lado, o manejo dessas culturas deve ser realizado em pleno florescimento das plantas. Dessa forma, isso se dá na média de 60 a 80 dias após a semeadura.

“Para esse manejo é utilizado, preferencialmente, rolo faca, trincha ou roçadeiras. O rolo faca tem uma característica peculiar com relação aos demais equipamentos. Acima de tudo, ele favorece o contato da biomassa com o solo, facilitando o ataque dos micro-organismos. Ao mesmo tempo que mantém a planta viva, cobrindo o solo e emitindo mais raízes no sistema”, resume o coordenador técnico comercial.

Em seguida, após o manejo com o rolo faca, essas plantas vão rebrotar no sistema. E vão permitir maior permanência delas durante o ciclo produtivo da cultura. “Ou seja, a gente vai ter, durante o ano todo, o solo coberto. O que ameniza a temperatura e favorece a matéria orgânica no sistema de produção”, afirma Ribeiro.

Resultados

Em suma, o cooperado Adriano José Vilas Boas, de Botelhos/MG, elogia os resultados conquistados com o uso das plantas de cobertura.

“Optei por usar essa técnica por ser uma área mecanizada. O trator passando por cima o ano todo compacta muito o solo. Então, resolvi usar as plantas de cobertura para descompactar o solo e para eliminar planta daninha. Está sendo ótimo, pois eliminou muito as pragas, o solo já deu uma descompactada e as plantas daninhas sumiram. É um excelente resultado. Antes, era só nos herbicidas. Hoje, a gente praticamente zerou esse uso por conta dessas plantas”, contou o cafeicultor.

A seguir, saiba mais sobre as plantas de cobertura no vídeo do Cooxupé em Foco.

Extraído do hub do café

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