Pesquisa revela que aroma do café pode diminuir vício em cigarro

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Estima-se que existam 1,1 bilhão de fumantes no mundo; tabaco vitimiza mais de 8 milhões de pessoas por ano

Quem nunca já passou por aquela experiência de sentir o cheirinho do café e ter aquela sensação boa? Para muitas pessoas, ele pode despertar a vontade de preparar a bebida, outras podem lembrar de alguém querido. Mas, você sabia que o aroma do café pode diminuir vício em cigarro? É o que diz um novo estudo realizado pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).

Diminuir vício em cigarro

Pesquisadores brasileiros descobriram em 2014 que o aroma do café ativa uma região específica do cérebro associada ao sistema de recompensas. Aliás, incluindo o núcleo acumbens, que também é ativado por substâncias psicoativas. Desse modo, com base nessa descoberta, decidiram testar o uso do aroma do café como uma alternativa para reduzir o desejo de fumar.

“O diferencial do projeto é utilizar a fragrância do café para redução do desejo pelo consumo de substâncias aditivas por usuários crônicos. É extremamente gratificante porque se trata de um projeto totalmente nacional que traz inovação em uma área que impacta tanto a saúde pública, quanto ambiental e social”, explica Silvia Oigman, pesquisadora do IDOR.

A descoberta

A princípio, para o experimento, foi produzido um óleo a partir de grãos de cafés de alta qualidade. Ele é inalado por meio de um dispositivo adaptado, já aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora americana).

De antemão, a pesquisa foi realizada com 60 fumantes que foram expostos às fragrâncias de grãos de café, enquanto outro grupo controle foi exposto às fragrâncias de sabão. Como resultado, ficou demonstrado, logo após a intervenção, no grupo que inalou grãos de café, 50% não voltaram a fumar. E, no grupo controle exposto à fragrância de sabão, mais de 70% continuaram fumando.

“Desconheço outros grupos que utilizem a inalação inócua do aroma de café como ativador do sistema de recompensa para fins medicinais e, nesse sentido, acredito muito no potencial de inovação do nosso trabalho. É uma forma não invasiva que consegue muita informação sore a atividade cerebral do paciente. Fiquei maravilhada, impressionada”, relata Silvia.

Alvo farmacológico

A pesquisadora diz ainda que os dados são importantes indicadores de um possível alvo farmacológico. E mecanismo de eficácia de compostos voláteis do café na modulação de circuitos neurais mediadores de adição. Desde já, servindo como base para o avanço do desenvolvimento clínico do candidato terapêutico.

Como objetivo final, Silvia pretende desenvolver um dispositivo eletrônico contendo uma formulação terapêutica, a qual será utilizada em novos ensaios clínicos. Se for bem-sucedida, pode virar uma nova patente.

Qual é a quantidade e o horário ideal?

Sobretudo, a maioria dos adultos pode consumir com segurança 400 mg de cafeína. Quantidade proporcional de quatro xícaras de café coado, ou seis doses de café espresso, por dia, de acordo com a FDA. Por outro lado, se você estiver grávida, a recomendação é não ultrapassar 200 miligramas diários.

Para colher os principais benefícios energizantes e evitar o nervosismo, a recomendação é tomar a primeira xícara de café entre 9h30 e 11h.

Estudos mostram que os níveis de cortisol, os hormônios do estresse, são mais altos pela manhã e caem ao longo do dia. Aliás, com duas grandes quedas por volta das 9h30 e das 13h. Porém, tomar um café demasiado cedo aumenta ainda mais estes níveis, deixando-nos em risco de nervosismo desnecessário.

Efeitos da cafeína

Dessa forma, a cafeína começa a fazer efeito cerca de 5 minutos depois de tomar café. Os efeitos aumentarão até atingir o pico entre cerca de 15 minutos e duas horas depois, dependendo da ingestão de comida anterior e da velocidade do seu metabolismo. Por outro lado, existem pessoas que demoram até dez horas para metabolizar a cafeína.

Em relação ao resto do dia, a recomendação é tomar café até seis horas antes de dormir. Afinal, o excesso de cafeína perturba o sono, bloqueando os receptores dos hormônios adenosina e melatonina. Em suma, para quem vai para a cama às 22h, o ideal é tomar a última xícara até as 16h.

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Por: Hub do Café

Café: aroma contra o vício!

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