Repare nas semelhanças entre estas embalagens de cigarros ilegais. À esquerda a nacional, Egipt, e a direita, a paraguaia Eight – que de acordo com uma pesquisa do Ibope para o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) é a líder de vendas em todo país com 16% de participação de mercado.
E tal semelhança não é mera coincidência. A marca nacional se apropria das mesmas cores e tipo de letra do produto paraguaio para ganhar notoriedade e “conquistar” o público brasileiro.
E as irregularidades não param por aí.
Como uma das marcas mais vendidas em Minas Gerais, a marca Egipt acaba de ter seu registro cassado pela Anvisa, junto com US Fox Blue. Sua fabricante, a IBC-INDUSTRIA BRASILEIRA DE CIGARROS LTDA possui um débito com a Receita Federal de mais de R$ 1,5 milhão, de acordo com dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
A empresa faz parte de um grupo de fabricantes nacionais que não pagam impostos de forma sistemática – chamadas de devedoras contumazes – e que, juntas, despejam no mercado 8,8 bilhões de cigarros ilegais, ou 8% de todos os cigarros consumidos no Brasil, que chegam nas mãos dos consumidores por valores abaixo do preço mínimo de R$ 5 definido por lei. Atualmente, 57% de todos os cigarros consumidos no país são ilegais.
Fonte: flavio.simonetti@fsb.com.br