Modelo foi vítima do câncer de mama no auge da carreira
A natureza foi pródiga com Gi Charaba. Dona de uma beleza singular, aos 15 anos tornou-se modelo. Aos 18 anos, foi para São Paulo e conquistou o mercado e, aos 22, já havia alcançado sua independência financeira. A carreira decolou e, em 2016, ela viajava o mundo a trabalho. “A vida ia bem. Trabalhava muito e já havia viajado para muitos lugares por conta da profissão. Mas antes dos 30 anos, em 2016, fui diagnosticada com câncer de mama. Na verdade, eu achei que estava imune, que isso nunca iria acontecer comigo”, conta a modelo.
“Como eu era freelancer, me vi numa situação complicada. Fiquei desesperada, não só com o diagnóstico, mas como eu ia me manter e avisar minha família. Aliás, essa foi a parte mais difícil e triste. Mas com a graça do bom Deus, com a minha força de vontade e com a ajuda de muitas pessoas, consegui me tratar e hoje estou curada”, explica Gi.
Depois do enfrentamento da doença, Gi Charaba tornou-se uma voz pela prevenção do câncer de mama. Para a modelo, não basta falar em Outubro Rosa, mas levar a conscientização sobre a importância de se fazer os exames e prevenir a doença. “Sempre digo que não existe uma prevenção: existe uma precaução. As mulheres precisam ter consciência do seu corpo e não podem ter medo de fazer os exames”.
Além da bandeira da prevenção, a modelo também inspira as mulheres que estão em processo de tratamento. “Eu acredito que 80% da minha superação veio da minha mente, foi o que me ajudou. Durante o tratamento, eu me projetei no futuro corada, revigorada, feliz e motivando as pessoas. É possível passar pelo tratamento, existe uma luz no fim do túnel. E ao segui-la, você vai encontrar a cura, a felicidade. Não existem segredos, existem dicas! E a maior delas é acreditar de que vai dar certo o tratamento”, ensina.
Hoje, curada, Gi Charaba é uma presença forte nas redes sociais. Apenas no Instagram, são 34 mil seguidores. Nas redes sociais, a modelo coloca sua história como inspiração e também oferece seu trabalho como modelo. “Estou bem, estou curada, mas ainda continuo em dificuldades, pois agora estou apta a trabalhar, mas o mercado não me dá chances. E por isso a Ouseuse está me ajudando muito, pois ela está me dando oportunidades”.
Trabalho, Ouseuse e Amigas do Peito
De fato, Gi Charaba foi contratada pela Ouseuse para as fotos conceituais da coleção primavera/verão 2019/2020 da marca. “Eu já havia trabalhado com a marca, lá no início da minha carreira, quando vim para São Paulo aos 18 anos. E hoje, quase 12 anos depois, a Ouseuse me chama novamente para fazer a campanha dos 25 anos da marca, uma campanha de celebração, e me senti muito lisonjeada”, conta.
“Uma coisa puxa a outra e, por sua história inspiradora, a Ouseuse apresentou à Gi o Projeto Social Amigas do Peito. Daí, foi um pulo para convidá-la a ser madrinha do projeto. Está sendo muito gratificante a parceria, pois a Gi é realmente uma pessoa guerreira, pra cima e com uma coragem que combina com a força e o propósito do Amigas do Peito”, diz Rosana Marques, diretora do Grupo Ouseuse.
A modelo, inclusive, irá desfilar para a Ouseuse em sua festa de 25 anos. “Estou ansiosa, pois depois do tratamento eu desfilei poucas vezes. Será um momento único, tanto para a Ouseuse quanto para mim, pois é uma celebração da vida. Acredito que a Ouseuse está querendo mostrar às pessoas que é possível superar o tratamento do câncer de mama. Que é possível trabalhar mesmo com as cicatrizes físicas. E isso é lindo, é maravilhoso. Que mais empresas tenham essa sensibilidade. Eu me sinto honrada”.
Inspiração sempre
“Eu sei que sou uma melhor pessoa hoje. Eu não aprendi nada com o câncer. O câncer é que aprendeu comigo. Eu costumo dizer que eu mudo o mundo. As pessoas que são impactadas pela minha história mudam. Que as minhas dores sejam para diminuir as dores das mulheres que estão começando o tratamento hoje. A gente não vai mudar o mundo, mas se eu puder mudar o mundo à minha volta, fico muito, mas muito satisfeita. Na verdade, o que eu peço hoje é só a chance de trabalhar. É só isso o que eu quero”. Fonte: Eliana Sonja – Sakey Comunicação