Ó Jesus!
Tu, que és o Refúgio Seguro dos aflitos,
Escuta a voz das Mães
Que ao Teu Carinho elevam
O clamor de suas súplicas.
Aplaca, Senhor, as suas dores,
Pois cada uma delas,
Ó Divino Amigo,
Reconhece em Teu Coração
O seu bom destino;
Na Tua Santa Vontade, a força
Que não lhes permite sucumbir;
E na Tua Sabedoria contemplam,
As Mães da Terra e do Céu,
A educação que anseiam para os filhos.
Em Ti, Jesus, elas, quando sofrem,
Têm a certeza do alento,
Que, em geral, o mundo não lhes pode oferecer,
Porque ainda pouco tem para lhes dar.
Ouve, Filho Celeste de Maria Santíssima,
O apelo dos corações maternos,
Porque Tu, Jesus, és a Esperança que nunca morre.
Melhor que isso: a Convicção que não as deixa esmorecer.
E que assim, em Ti,
Eternamente seja,
Ó Divino Provedor de nossas vidas!
Amém!
Amor faz rima perfeita com mãe
Dizem que Mãe não tem rima. Será?! Então secou-se-lhes a musa, ou saiu em férias… Mas não semelhantemente à famosa experiência de Guerra Junqueiro (1850-1923).
Amor faz rima perfeita com mãe. Mãe é eterna também.
A musa em férias
Por falar no velho Guerra, contam que o episódio assim se deu: o respeitado poeta português foi ao médico. Não sabia o que lhe cansava os ossos. O clínico, depois de examiná-lo com paciência, prescreveu ao cliente: “– Professor, o senhor não tem nada físico que um bom descanso não corrija. Viaje. Não faça nada, nem escreva, e tudo terminará bem. Pode confiar”. O vate prometeu que o faria. Contudo, o que acabou ocorrendo foi o seguinte: quando voltou do “descanso”, trazia um dos seus mais belos feitos para um novo livro: A musa em férias.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com