Segundo o MP, estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em cinco municípios, sendo eles Passos, Piumhi, Itaú de Minas, Delfinópolis e Fortaleza de Minas.
O Ministério Público deflagrou na manhã desta sexta-feira (14) a 2ª fase de uma operação contra uma organização criminosa especializada em furtos, roubos e clonagem de caminhonetes e veículos de luxo no Sul de Minas.
Segundo o MP, estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em cinco municípios, sendo eles Passos, Piumhi, Itaú de Minas, Delfinópolis e Fortaleza de Minas.
A 2ª fase da operação Vicário é fruto de uma investigação conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Além de furto, roubo e clonagem de veículos, o grupo é investigado por crimes contra a fé pública e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público conta com apoio da Polícia Militar de Passos e de São Sebastião do Paraíso. Participam das diligências três promotores de Justiça, dois servidores do Ministério Público e 42 policiais militares.
A primeira fase da operação aconteceu em 31 de maio de 2023 e foi realizada em todo o país. Os mandados foram cumpridos em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Maranhão.
Foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão em 16 municípios do Brasil.
São eles: Passos (MG), Piumhi (MG), Capitólio (MG), Itaú de Minas (MG), Fronteira (MG), Franca (SP), Bebedouro (SP), Bauru (SP), Londrina (PR), Arapongas (PR), Rolândia (PR), Itajaí (SC), Campo Grande (MS), Naviraí (MS), São Luís (MA) e Presidente Dutra (MA).
A investigação
O Ministério Público descobriu uma organização criminosa com a articulação interestadual. A quadrilha era especializada em subtrair veículos de luxo usando equipamentos eletrônicos para a codificação de chaves e partida dos motores.
Depois, os suspeitos faziam a clonagem, mediante adulteração da numeração do chassi e de outros sinais identificadores, além da replicação de placas e transplante de documentos de registro.
Em seguida, faziam a destinação dos veículos falsificados com táticas para dificultar o rastreio documental, despistar o rastreio físico do veículo e conferir aparência lícita nas transações comerciais simuladas.
Ainda de acordo com o MP, uma particularidade da atuação desse grupo foi o superdimensionamento de seus ganhos. Eles evoluíram do modus operandi padrão, ou seja, vender veículos no mercado clandestino, para modalidade criminosa bem mais lucrativa. Os criminosos vendiam de parte dos veículos clonados por preço de mercado, enganando as pessoas que compravam, acreditando ser originais.
O MP informou que foram identificados um crime de roubo, sete crimes de furto, três crimes de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, três crimes de lavagem de dinheiro, um crime de receptação qualificada, dois crimes de uso de documento público falsificado, três crimes de falsidade ideológica, um crime de falsificação de documento público e dois crimes de estelionato, além do crime de organização criminosa.
Por g1 Sul de Minas