Lançada programação comemorativa de 300 anos de Minas Gerais

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Assembleia e entidades parceiras destacam a oportunidade de construção do futuro a partir do olhar para o passado

Selo comemorativo dos 300 anos foi lançado durante a solenidade – Foto:Sarah Torres

Promover o resgate histórico do Estado, prestigiar o interesse público, compreender a realidade e fazer sua transformação. Essas premissas vão nortear as celebrações dos 300 anos de Minas Gerais, com uma série de eventos e ações promovidas por instituições públicas mineiras.

programação foi lançada nesta terça-feira (10/3/20), em solenidade no Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), da qual participaram dirigentes das entidades parceiras, deputados e outras lideranças.

Palestras, publicações, ações itinerantes, exposições e atividades culturais, entre outros eventos, buscam não apenas celebrar o passado, mas também refletir sobre o presente e projetar o futuro, para transformar Minas Gerais por meio de um processo inclusivo, solidário, sustentável e democrático.

O presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), destacou a importância do trabalho conjunto com o Tribunal de Justiça de Minas (TJMG), o Ministério Público Estadual (MP), a Defensoria Pública do Estado (DP), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), responsável pela curadoria das atividades.

O papel de Minas Gerais na construção do País também foi destacado por Agostinho Patrus, sobretudo pelas características de conciliação, moderação e equilíbrio das lideranças do Estado, bem como por sua vocação para a liberdade.

Ele citou riquezas econômicas de Minas que, ao longo da história, não se reverteram em benefício do próprio Estado e reiterou as críticas à falta de compensação das perdas com impostos decorrentes da Lei Kandir. “Minas foi fundamental para a independência do Brasil, mas não conseguiu sua independência financeira”, afirmou.

Para o presidente, o tempo é de “transformar desafios em oportunidades”, com vistas à diversificação da matriz econômica de Minas e a redução das desigualdades sociais.

Parceiros preparam atividades e destacam liderança do Estado

O presidente do TCE, Mauri Torres, também citou o pioneirismo de Minas e a importância de se olhar para a história em busca de soluções para as dificuldades atuais. Ele destacou, ainda, que a harmonia entre os poderes constituídos contribui para o crescimento do Estado. As celebrações dos 300 anos de Minas vão se juntar à comemoração dos 80 anos do Tribunal.

A harmonia e a boa política em Minas, em contraponto às dificuldades no âmbito nacional, também foram citadas pelo defensor público-geral Gério Patrocínio Soares. Ele destacou a liderança de diálogo e união feita por Agostinho Patrus, que permitiram a celebração conjunta do tricentenário de Minas pelas instituições do Estado.

“Os 300 anos renovam a necessidade de se debater grandes temas de interesse da sociedade”, reiterou o procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet. Ao longo da história, segundo ele, o MP ampliou sua atuação para áreas como a defesa do patrimônio artístico e cultural, que serão valorizadas nas comemorações.

Já o Tribunal de Justiça celebra também os 300 anos de criação da comarca do Serro (Central). O presidente do TJMG, desembargador Nelson Missias de Morais, também citou a conjuntura nacional e afirmou que o Minas sempre deu lições de resistência e liberdade, mas também é exemplo e autonomia e independência entre os poderes.

No próximo dia 30, a UFMG abre oficialmente seu calendário de eventos relativos aos 300 anos de Minas. A reitora da universidade, Sandra Goulart Almeida, salientou a importância das instituições públicas de ensino superior no Estado e da construção do conhecimento, segundo ela, um recurso inesgotável. Ela ainda defendeu investimentos constantes em educação, ciência, tecnologia e cultura.

Selo – Durante a solenidade também foram lançados o selo postal, o carimbo comemorativo e a identidade visual dos 300 anos de Minas Gerais. Também foi exibido um vídeo comemorativo que destaca a diversidade do Estado, seus artistas das mais diversas vertentes e a convivência harmoniosa entre o erudito e o popular, o queijo e a inovação, o barroco e o moderno.

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