Kalil registra candidatura e se compromete a devolver Minas aos mineiros

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Documento que traz versão sintética do Plano de Governo defende a gestão integrada e de ações transversais, a pluralidade, o respeito às diferenças regionais, ao setor produtivo e à sociedade

Kalil registra candidatura e se compromete a devolver Minas aos mineiros

Documento que traz versão sintética do Plano de Governo defende a gestão integrada e de ações transversais, a pluralidade, o respeito às diferenças regionais, ao setor produtivo e à sociedade

A candidatura de Alexandre Kalil ao Governo de Minas Gerais está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG). O Plano de Governo da Coligação Juntos pelo Povo de Minas (PSD, Federação Brasil da Esperança e PSB) assume o compromisso de fazer do Palácio Tiradentes, sede do governo mineiro, o principal agente de articulação do Estado. Os candidatos Alexandre Kalil, governador, e André Quintão, vice-governador, irão liderar uma ampla mobilização política para que Minas Gerais volte para as mãos dos mineiros.
Entregue e registrado junto à Justiça Eleitoral do Estado na última quarta-feira, 10 de agosto, o documento não poupa críticas ao atual governador, classificando a gestão como omissa, “deixando os mais vulneráveis – milhões martirizados pela fome e pela pobreza -, os pequenos e médios empresários e produtores rurais à deriva” e subordinada a interesses de grandes e poderosos grupos econômicos”.
“Não é aceitável que a administração do Estado feche os olhos e o coração para os problemas, que têm se agravado nos últimos quatro anos. A omissão, a ausência e insensibilidade do atual governador às necessidades e urgências de nosso povo são intoleráveis”, afirma Kalil. O ex-prefeito de Belo Horizonte, reeleito com mais de 63% dos votos para o segundo mandato, em 2020, classifica a inércia do atual governador como uma estratégia de servidão e de negação de interesses públicos.
Ajuste fiscal
O Plano de Governo também não poupa críticas ao que classifica como “narrativa ficcional”. O documento esclarece que o ajuste fiscal foi criado “a partir de receita extraordinária gerada pela inflação, às custas da redução do poder de compra das famílias mineiras” e complementa que a suspensão de pagamento da dívida estadual junto ao Governo Federal não foi uma ação deste governo, mas de uma liminar, concedida em 2016, à gestão de Fernando Pimentel. A dívida do Estado cresceu, em três anos, 31%, saltando de R$ 107 bilhões para R$ 140 bilhões.
“A suspensão temporária do pagamento bilionário da dívida, somada à receita extraordinária obtida por meio da inflação sobre os bens e serviços, permitiram a existência deste cenário de calmaria fiscal, que cria a sensação temporária da inexistência de um rombo nas contas públicas. Por se tratar de uma suspensão temporária, no entanto, a dívida não desapareceu. Vem sendo acumulada e vai comprometer os próximos governos. Permanece a estratégia de vender o futuro para pagar o presente”, informa o Plano de Governo.
Outro aspecto destacado é sobre a capacidade de investimento do Estado que, segundo Kalil, tem sido alcançada com recursos “manchados de sangue”. A retomada dos investimentos, como indica o Plano de Governo, está associada a recursos provenientes do acordo assinado em razão da tragédia em Brumadinho, provocada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de minérios, em 2019, e não a qualquer esforço ou mérito da atual administração estadual. “É dessa forma que o governo atual tem conseguido assumir o discurso de ajuste de contas. Não passa de maquiagem. E o pior, é que estamos jogando o verdadeiro problema para o futuro”, alerta Alexandre Kalil.
“Cheque especial”
O documento denuncia que o atual governo do estado apresentou uma única alternativa para colocar as contas em dia: a venda de estatais e a privatização das universidades estaduais. “O Estado, que sempre contou com empresas de grande competência técnica e altíssima reputação junto aos seus cidadãos, poderia, se lograsse êxito nesta empreitada irresponsável, ver aniquiladas décadas de história. E o resultado não seria definitivo, mas apenas mais um paliativo, uma redução de dívida fazendo-se uso do cheque especial”, critica o documento.
Kalil destaca que “é impensável imaginar a venda da Cemig, do sucateamento de uma empresa histórica, que é uma das principais concessionárias de energia elétrica do Brasil”, como vem sendo feito pelo atual governo. O sucateamento da Cemig, da Copanor – subsidiária da Copasa, responsável pela prestação se serviços de abastecimento de água e saneamento no Norte de Minas – e da Copasa é um absurdo. Além disso, alerta o documento, as empresas foram subavaliadas e a quantia a ser arrecadada ” não cobre uma e meia folha de pagamento mensal do Estado”.
Cultura, diversão, saúde, educação e diálogo
O Plano de Governo de Alexandre Kalil e André Quintão determina que a próxima gestão será, de fato, construída com base no respeito, no diálogo com os 853 prefeitos mineiros, buscando incorporar as sugestões e avaliações dos agentes públicos municipais na hora de implementar as políticas públicas, tomar medidas, projetos e programas.
As temáticas tratadas no documento – saúde, educação, segurança pública, gestão fiscal, turismo e cultura, desenvolvimento econômico, assistência, promoção da dignidade, dos direitos humanos e sociais, proteção à vida, entre outras -, “entendidas como reais preocupações da Coligação Juntos pelo Povo de Minas Gerais, serão trabalhadas de forma articulada e entrelaçadas, com uma grande costura política, social e institucional.
Kalil também se compromete a ouvir e analisar, com sinceridade e transparência, demandas apresentadas pelo empresariado mineiro, buscando compreender as solicitações com responsabilidade e com atenção às vocações locais e regionais. O compromisso com o diálogo é estendido ainda a movimentos sociais e entidades da sociedade civil, em busca de uma gestão que terá na participação popular uma de suas premissas.
Foto: G1 – Globo

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