Em entrevista à Record, candidato do PSD diz que governador mineiro não pode ser subalterno
O candidato ao governo do estado, Alexandre Kalil (PSD), disse que Minas Gerais precisa ser respeitada pelo presidente da República, seja ele quem for. Em entrevista à Record Minas, nesta terça-feira (09/08), o ex-prefeito de Belo Horizonte afirmou que tem certeza de que o ex-presidente Lula (PT) irá vencer as eleições deste ano, mas os mineiros precisarão ser respeitados caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito.
“Esse desastre não vai acontecer, porque o presidente Lula será eleito. Mas caso aconteça, nós somos Minas Gerais, o segundo estado desse país. Temos voz. Temos que ser respeitados por Lula, Bolsonaro, por Temer, por Dilma, por qualquer presidente”.
Ele criticou o relacionamento entre o governador Romeu Zema (NOVO) e Bolsonaro, que não trouxe nenhum benefício para o Estado.
“Não podemos nos acostumar que o governador de Minas seja subalterno ao presidente da República. Ele tem que respeitar o governador de Minas, como o governador de Minas tem que respeitar o presidente, mas sem ser subalterno a ele. Então caso esse desastre aconteça, ele vai ter que respeitar Minas”.
Apesar de o governador Romeu Zema ter uma relação próxima ao presidente Bolsonaro, não houve investimentos significativos em Minas Gerais nos últimos anos por parte do governo federal.
As rodovias, as universidades e o metrô são alguns dos exemplos do abandono de Minas Gerais.
Parcerias
Kalil lembrou, mais uma vez, que a parceria com o governo federal vai ser fundamental para que Minas Gerais saia da paralisia em que se encontra.
“Vamos primeiro recuperar o que temos e vamos no governo federal buscar dinheiro. Quando eu assumi (a Prefeitura de Belo Horizonte), em 2016, eu não prometi centro de saúde, não prometi recapeamento. Foi tudo feito com dinheiro que nós buscamos, tudo que foi feito foi com dinheiro que fomos buscar em Brasília, trabalhando para fazer as obras, e é isso que precisamos fazer em Minas”.
O ex-prefeito de Belo Horizonte lembrou que a situação fiscal do estado é muito grave, com dívidas acumuladas, e que investimentos só serão viáveis com recursos do governo federal.
“Se alguém está pensando que vamos sair da situação que Minas Gerais está, dentro de Minas Gerais está muito enganado. Vamos sair em Brasília. Temos que plantar o pé em Brasília, falar que somos o segundo estado e que tem dez anos que ninguém olha pra cá”.
Foto: Rodrigo Lima / Divulgação PSD
