Justiça de Iturama autoriza prisões, buscas e apreensões

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Mandados foram cumpridos em três cidades, em operação do MPMG que investiga corrupção

Grupo acusado de extorquir produtores rurais foi alvo de operação do MPMG e da Polícia Civil

Uma decisão do juiz Gustavo Eleutério Alcalde, da 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Iturama, concedeu, nesta quinta-feira (4/06), sete mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nas residências de suspeitos de integrar organização criminosa dedicada à corrupção de agentes públicos, a furtos e roubos de defensivos agrícolas e a práticas de extorsão.

A ação integrou a operação Menina Veneno, do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). As prisões e buscas domiciliares nas cidades de Iturama, Uberlândia e Itajubá foram pedidas pelo MPMG, por meio do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberaba.

Segundo o órgão, cinco dos detidos – uma advogada, um empresário, que é marido dela, e três policiais civis – tiveram atuação mais destacada. Há indícios de que os acusados mantinham elo com os responsáveis pelo roubo dos defensivos, exigindo depois da vítima o pagamento de resgate para devolução dos insumos.

Para isso, o grupo, de acordo com as investigações, corrompeu três policiais civis. Mediante propina, a advogada e o empresário identificavam os criminosos, descobriam sua localização e contatavam os ladrões. A dupla, depois de entrar em acordo com os criminosos, ligava para as vítimas e se oferecia para recuperar o produto para os donos, desde que fossem pagos pelo serviço.

Investigações

As investigações iniciaram-se em janeiro de 2020, depois de um produtor agrícola que teve defensivos agrícolas no valor de R$ 200 mil furtados, na zona rural de União de Minas, gravar conversa que teve com o casal, na qual eles cobravam para restituir o produto. A vítima entregou o material à Polícia Civil.

A corporação solicitou mandados de busca e apreensão contra a advogada e seu marido. A análise do conteúdo encontrado nos celulares de ambos indicou o envolvimento dos demais investigados. A PCMG acredita que a organização criminosa está na ativa há mais de um ano na Comarca de Iturama.

De acordo com o juiz Gustavo Alcalde, as prisões foram determinadas para garantia da ordem pública, em razão da gravidade em concreto dos fatos e do risco de reiteração criminosa. O magistrado também cientificou a sub-seção regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para apurar se houve infração disciplinar por parte da profissional investigada.

O juiz explicou que as medidas tramitaram em segredo de justiça para não prejudicar as apurações, mas de agora em diante o sigilo foi levantado. Ele esclarece que se trata de medida cautelar, portanto não há, ainda, ação penal. “As provas deverão ser produzidas caso os investigados sejam formalmente denunciados, com regular exercício das garantias do contraditório e da ampla defesa”, afirma.

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom
Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG
(31) 3306-3920

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