Atraso de repasses pelo Estado e defasagem da tabela do SUS foram os principais problemas relatados à Comissão de Saúde
As dificuldades enfrentadas por hospitais do Sul de Minas devido à falta de repasses por parte do Estado e do Instituto de Previdência dos Servidores (Ipsemg) foram discutidas em audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta sexta-feira (28/6/19). Deputados, autoridades locais e representantes dessas instituições se reuniram no Theatro Capitólio, em Varginha.
Conselheiro do Hospital Regional de Varginha, Cléber Paiva, que assumiu o cargo há quatro meses, relatou sua surpresa quando se deparou com as contas da unidade. “O governo está em atraso conosco em R$ 5 milhões. Nossas dívidas são de R$ 1 milhão, sendo que R$ 550 mil são só de juros de empréstimos consignados”, relatou.
O secretário municipal de Saúde de Varginha, Mário Terra, abordou a dificuldade da prefeitura de aportar recursos para hospitais que não são de sua responsabilidade, como o regional. “É um absurdo. Se cada um cumprisse o previsto na legislação, já teríamos um grande avanço. Por que só os municípios são penalizados?”, questionou.
Diretor Executivo da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí, Igor Oshiro apresentou a situação do Hospital Samuel Libânio, de Pouso Alegre, que é mantido pela instituição. Ele informou que a unidade está sobrecarregado pelo encaminhamento de vários casos de menor periculosidade, que poderiam ter sido facilmente resolvidos nos municípios vizinhos se pequenos hospitais não estivessem fechados.